Muriel vai ser emprestado para o Bahia. Uma grande notícia, principalmente para o Muriel. Ninguém duvida da sua dedicação, profissionalismo e vontade de acertar. Mas, para dar certo e ser ídolo, é preciso mais.
Genericamente, podemos chamar de sorte. Aquela que faltou no Gre-Nal, quando o irmão do Alisson tinha 180 graus à disposição para rebater o chute, dado à queima-roupa, é verdade. Mas o rebote foi no único intervalo estreito para onde não poderia ter ido: aquele onde estava o pé de Douglas.
Como colorado e admirador das qualidades de Muriel, desejo a ele, no Bahia, o que faltou no Inter: sorte. Quem sabe um tempo fora e uma mudança de ares não sejam a solução? São inúmeros os casos no futebol. Sorte, Muriel. Só não, por favor, quando – e se – for enfrentar o Inter.
Falcão já deu certo como quase tudo que quis ser na vida. Foi um dos melhores volantes do mundo, levantou taças e mais taças no Brasil e na Europa. Até hoje, é ídolo em Roma. Na semana passada, uma equipe italiana de cinema desembarcou em Porto Alegre. Está fazendo um filme sobre o craque.
Liderança legítima
Como comentarista, Falcão fez uma carreira brilhante na RBS TV e na Globo. Falta esse mesmo grau de excelência na função de treinador. Talvez porque aí não dependa só dele. Um treinador só é bom se tiver uma liderança legítima no vestiário. Para isso, precisa de bons jogadores e de uma direção ativa e firme. Boa sorte, Falcão. Você vai precisar.
Diário Gaúcho