Pouco depois do apito final que decretou o rebaixamento do Riograndense à terceira divisão estadual, na derrota por 3 a 0 para o Pelotas, dirigentes do clube evitaram falar algo mais concreto sobre o futuro da agremiação. Os presidentes interino e do Conselho Deliberativo ressaltaram a importância em ter jogado a competição e evitar ficar dois anos sem atuar e a ser multado pela Federação Gaúcha de Futebol. O clube cogitou não participar da Divisão de Acesso depois do anúncio do adiamento do início do campeonato pela falta de liberação dos estádios.
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– O problema do Riograndense não é dinheiro, é organização. Fizemos um esforço incalculável. Não tínhamos nada, nem alvará, tivemos que jogar domingo, terça, quinta e sábado. Pelo menos não deixamos o clube fechar, ficar dois anos sem jogar competições e ainda ter que pagar multa – afirma o presidente do colegiado que comanda o Riograndense, Dilson Siqueira.
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A batalha, agora, será manter o clube ativo em 2017 e não fechar as portas como em outras oportunidades.
– É um momento muito triste. Fizemos tudo que foi possível dentro das nossas limitações e dos imprevistos que tivemos. Se não tivéssemos jogado, as sanções da federação seriam bem piores do que cair jogando. Batalhamos o que podemos dentro e fora das quatro linhas, mas infelizmente tudo nos levou a esse rebaixamento – reflete o presidente do Conselho Deliberativo, Wolmar Heringer.
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Ainda não há definição sobre o que acontecerá no segundo semestre. Até terça-feira os jogadores devem receber e serem liberados. No entanto, Heringer afirma que a intenção é não deixar o clube fechar as portas, como aconteceu duas vezes, em 1976 e 1986, quando ficou 13 anos sem participar de competições.
– Na semana que vem vamos fazer reuniões para ver como vamos trabalhar. Já estivemos 13 anos parados uma vez e aquilo foi muito ruim. Por isso, vamos batalhar para o clube não fechar as portas – reforça o presidente do Conselho Deliberativo.
O presidente do Riograndense, José Luiz Coden, que está afastado até junho por recomendação médica, não pôde falar porque estava internado para a realização de exames.