A última rodada da Libertadores confirmou, desgraçadamente, o que tenho dito sobre o futebol brasileiro. Nenhuma vitória ficou registrada nos confrontos entre brasileiros e times de fala espanhola. O futebol sul-americano se arrasta, e no Brasil a situação não é diferente. Dolorosamente, o esporte que é paixão nacional dos brasileiros é de segunda linha.
No Exterior, estão jogadores de primeira linha, mas não são muitos. Talvez formem dois ou três times, no máximo. É a nossa realidade. E, pior, não existe um plano nacional de recuperação do nosso futebol. Nossos jovens, ainda vestindo cueiros, são levados para jogar em outros países sem que tenham concluído sua formação física, emocional e esportiva.
No território brasileiro, garotos que surgem com possibilidade de se tornarem bons ou grandes jogadores são, desde o início das suas vidas futebolísticas, manipulados por agentes ansiosos para obter lucros rápidos.
E quando estes meninos ainda estão nos clubes, são os dirigentes que os transformam em moeda de troca quando ainda são imberbes. Enfim, esta é a nossa realidade. Disputamos com clubes de países sul-americanos a condição de mais pobres. Se nada for feito, caminhamos céleres para o amadorismo.
Gostamos, torcedores, dirigentes e jornalistas, de fazer previsões, muitas vezes fora de época. A Libertadores mal estava começando e já prevíamos que o Toluca seria presa fácil. Tentei contrariar esta linha de pensamento, mas acabei pregando no deserto. Os jogos foram acontecendo e o Toluca está deixando todo o mundo de boca escancarada.
Os mexicanos estão com um pé na próxima fase. Os clubes no México nadam em dinheiro. Perto da nossa pobreza brasileira, são milionários. Como pensar que clubes de cofres cheios tenham times mais fracos do que os endividados brasileiros?
*ZHESPORTES