É tarefa quase impossível afastar da Conmebol os representantes dos corruptos grupos políticos que comandam a casa do futebol sul-americano desde os anos 1980 – talvez antes.
O uruguaio Wilmar Valdez, raro dirigente que faz oposição, desistiu de participar da eleição desta terça-feira, a que definirá o presidente da entidade para os próximos três anos. Presidente interino da Conmebol, ele retirou a candidatura.
A eleição do paraguaio Alejandro Domínguez é certa. Ele será candidato único e será anunciado presidente em Luque, no Paraguai.
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Presidente da Associação Paraguai de Futebol, Domínguez era braço direito de Juan Ángel Napout, em prisão domiciliar nos Estados Unidos por receber subornos de empresas de marketing esportivo que compraram direitos de transmissão de torneios na América do Sul. Domínguez e Napout eram muito próximos, moravam no mesmo país e se encontravam com regularidade.
Valdez desistiu porque a eleição estava perdida. Dos 10 votos possíveis, 10 federações nacionais formam a Conmebol, ele tinha apenas três.
O Brasil de Marco Polo Del Nero e de José Maria Marin votará em Domínguez. O país será representado pelo Antônio Carlos Nunes, o Coronel Nunes, presidente interino da CBF.
* ZH ESPORTES