A segunda rodada já será uma decisão para a campeã Espanha. Depois da humilhante goleada sofrida contra a Holanda na estreia, uma derrota nesta quarta-feira (18) contra o Chile no Rio de Janeiro, às 16h, significa a eliminação precoce do Mundial, caso os holandeses derrotem a Austrália no Beira-Rio. Na chegada ao Rio de Janeiro, todos os jogadores estavam de cara fechada. Em clima de pressão total, o ambiente foi de muita seriedade na entrevista coletiva e no treino de terça-feira no Maracanã.
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Para tentar passar confiança e amenizar os comentários de que o ciclo do grupo vencedor está acabando, o escalado para falar foi o meio-campista Iniesta, autor do gol do título em 2010: "Agora nós temos duas finais. É assim que temos que encarar. A derrota para a Holanda foi dura, mas passou. Temos qualidade para recuperar nossos melhores momentos".
Ao lado de Iniesta, estavam o técnico Vicente Del Bosque e o atacante Fernando Torres. As mudanças na equipe podem ser radicais. Os badalados Xavi e Xabi Alonso podem parar no banco para as entradas de Pedro e Koke. O ojetivo é dar verticalidade ao time. Mas não é só isso. Apesar do mistério, até Piqué e Diego Costa não tem vagas garantidas. Por questões técnicas, Javi Martinez e Fernando Torres podem entrar.
Já o Chile tenta controlar o otimismo. Além da vitória na estreia contra a Austrália, eles terão maioria no estádio. A presença da torcida chama a atenção. Em Copacabana são milhares de chilenos com camisas e bandeiras da seleção. A zona sul da cidade está tomada por motor homes, muitos estacionados de forma irregular. Para conter essa euforia, o técnico Jorge Sampaoli foi enfático quando questionado se este é o melhor momento para enfrentar a Espanha: "Nunca é bom enfrentar a Espanha. Espero que um dia a gente consiga ter a posse de bola como eles. Vamos tentar fazer o possível. Será um jogo muito duro", concluiu.
Para tentar segurar o adversário, Sampaoli vai escalar mais um zagueiro, Francisco Silva, do Osasuña. A dúvida é saber quem sai. Valdívia ou Arturo Vidal, que está voltando de uma cirurgia no joelho. Aranguíz, do Inter, e Vargas, ex-Grêmio, estão confirmados.
Espanha: Casillas, Azpilicueta, Sergio Ramos, Piqué (Javi Martinez) e Jordi Alba; Busquets, Xavi (Koke), Xabi Alonso (Pedro) e Iniesta; David Silva e Diego Costa (Fernando Torres).
Chile: Bravo, Medel, Francisco Silva e Jara; Isla, Marcelo Díaz, Aranguíz e Mena; Vidal (Valdívia), Sanchez e Vargas.
Arbitragem: Mark Geiger (EUA), Mark Sean Hurd (EUA) e Joel Flechter (Canadá)