Depois da eliminação na Libertadores, com a polêmica interferência do VAR no confronto com o Atlético-MG, o Boca Juniors enfrenta problemas para a sequência do Campeonato Argentino. Em razão dos protocolos de saúde do governo nacional no combate à covid-19, o clube pode ter que escalar um time repleto de juvenis em duas rodadas do campeonato nacional.
Isso ocorre porque, atualmente, toda pessoa que chega à Argentina deve passar por um período de sete dias de isolamento, além de apresentar um PCR negativo. Para os clubes que disputam a Libertadores e a Copa Sul-Americana, porém, é permitida exceção desde que eles cumpram os protocolos de saúde dentro da chamada bolha sanitária da Conmebol, que envolve os hotéis credenciados e a presença apenas de pessoas testadas para covid-19 nos estádios.
Por conta da briga nos vestiários do Mineirão e da ida de membros da delegação xeneize para uma delegacia de Belo Horizonte, o Ministério da Saúde da Argentina entendeu que os protocolos foram quebrados e toda a delegação do clube precisará ficar isolada em um hotel de Buenos Aires por sete dias.
"Aclaramos que os integrantes da delegação do Boca Juniores deverão cumprir o protocolo de isolamento definido para delegações esportivas que participam de eventos internacionais. O clube será responsável pelo controle médico do plantel, com testes PCR e evitando contatos com terceiros ou qualquer outra atividade social", disse parte do comunicado assinado pelo secretário do Ministério de Saúde da Argentina Arnaldo Darío Medina.
O Boca tem dois jogos do Campeonato Argentino marcados para esse período de sete dias, contra o Banfield, no sábado (24), e o clássico com o San Lorenzo, na próxima terça-feira (27). O clube fez um pedido de adiamento dos compromissos para a Liga de Futebol Profissional, a responsável por organizar o campeonato, que ainda não foi atendido.
Além dos 24 jogadores que viajaram ao Brasil, o clube tem outros 12 profissionais do elenco principal inscritos no Campeonato Argentino. Desses, quatro não estão disponíveis no momento. Ou seja, se os jogos forem realizados, o Boca terá de completar o time e o banco com atletas da base. Como o técnico Miguel Ángel Russo também precisará cumprir o período de isolamento, a equipe será comandada pelo treinador do time B xeneize, o ex-volante Sebastián Battaglia.