Jogadores, comissão técnica e dirigentes do Boca Juniors passaram a madrugada desta quarta-feira (21) na Central de Flagrantes 4 (CEFLAN 4) da Polícia Civil, em Belo Horizonte. A delegação do clube argentino foi conduzida à delegacia pela confusão no estádio do Mineirão, na noite de terça, após a eliminação para o Atlético-MG, na disputa por pênaltis após o empate sem gols no tempo normal, pelas oitavas de final da Libertadores.
Na manhã desta quarta-feira, a delegação do Boca Juniors ainda seguia na delegacia. A Polícia Civil de Belo Horizonte informou que a ocorrência estava em andamento e que mais detalhes seriam divulgados após a conclusão dos procedimentos. O fato virou atração para curiosos que se concentraram nas imediações do prédio. O grupo, de cerca de 50 pessoas, aproveitava para tirar sarro do time argentino.
Por conta da ida à CEFLAN 4, toda a delegação do Boca Juniors perdeu o voo de retorno a Buenos Aires previsto no Aeroporto Internacional de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte, para as 23 horas de terça-feira. A volta à Argentina deve ocorrer ainda nesta quarta.
A delegação seguiu completa para a delegacia por determinação do técnico Miguel Ángel Russo. Inicialmente, apenas oito integrantes da equipe identificados na confusão seriam levados para depoimentos: Gayoso (preparador de goleiros), Somoza (assistente técnico) e os jogadores Cascini, Rojo, Izquierdoz, Villa, Zambrano e Javi García.
A Polícia Militar montou uma barreira na porta da CEFLAN 4, impedindo a saída do ônibus do Boca até a conclusão dos depoimentos. Depois da confusão no estádio, a delegação saiu escoltada pela Polícia Militar até a delegacia. Lá foi feito um Boletim de Ocorrência para documentar as agressões e os atos de vandalismo registrados pelas câmeras de TV. Representantes do Consulado da Argentina em Belo Horizonte deram assistência ao clube.
O Atlético-MG informou que, depois de longa negociação, intermediada por seu presidente Sérgio Coelho, nenhum argentino seria detido na capital mineira.