O Independiente del Valle vive uma situação, no mínimo, inusitada. Depois de vencer o Grêmio na última sexta-feira (9), o clube equatoriano optou por manter sua delegação no Paraguai.
A decisão de não retornar a Quito foi tomada devido à ordem do governo do Equador, que exige quarentena de 10 dias para pessoas que viajarem do Brasil ou realizarem conexão em território brasileiro. Portanto, para evitar que os atletas fossem obrigados a realizar o isolamento, o planejamento foi continuar hospedados na capital paraguaia, treinando nos campos anexos à sede da Conmebol, em Luque, na região metropolitana.
Inclusive, nesta segunda (12) pela manhã, dirigentes do clube participarão de uma reunião com as autoridades equatorianas para discutir as medidas impostas pelo governo. O encontro virtual foi um pedido de quatro dos cinco clubes do país que disputam a Libertadores e a Copa Sul-Americana.
"A implantação de uma possível quarentena comprometeria qualquer um dos nossos clubes e suas possibilidades desportivas de competir em igualdade de condições frente aos demais representantes do futebol sul-americano", diz a carta divulgada pela Federação Equatoriana de Futebol, assinada por Barcelona de Guayaquil, LDU e Aucas — Emelec não foi um dos signatários (ver abaixo).
O jogo de volta entre Grêmio e Independiente del Valle ocorre na próxima quarta (14), na Arena, em Porto Alegre. Como perdeu por 2 a 1 o jogo de ida, o Tricolor precisa vencer por 1 a 0 ou mais de um gol de diferença para avançar à fase de grupos do torneio continental.
— Estamos focados nesta partida. Se desenvolvemos o mesmo jogo, temos grandes possibilidades de passar. Confiamos na nossa filosofia, que tem nos feito competir de boa maneira internacionalmente. Sabemos que não podemos perder nossa linha de jogo — declarou o auxiliar técnico Juan Martínez, em entrevista concedida após o confronto no Defensores del Chaco.