O governo equatoriano resolveu agir de maneira enérgica. Além de impedir que a partida entre Independiente Del Valle e Grêmio, pela terceira fase da Libertadores, seja disputada em território nacional, as autoridades locais informaram que todos os passageiros oriundos do Brasil deverão ser submetidos a uma quarentena obrigatória ao ingressar no país. A medida passa a valer a partir desta quinta-feira (8), às 23h59min.
— Todos os passageiros cujo ponto de origem, escala ou trânsito seja o Brasil deverão submeter-se a quarentena obrigatória por 10 dias nos hotéis autorizados pelo Ministério do Turismo e Ministério de Saúde Pública, independentemente do diagnóstico do teste de covid-19, considerando um tempo de 10 dias antes do ingresso ao país — declarou o presidente do Comitê de Operações de Emergência (COE), Juan Zapata.
A decisão está atrelada ao episódio envolvendo a delegação do Grêmio, que foi submetida a exames ao chegarem no aeroporto, apontando a presença do vírus no lateral-direito Vanderson e no goleiro Paulo Victor. Vale lembrar que o técnico Renato Portaluppi, ao apresentar sintomas da doença, sequer viajou para o Equador. Posteriormente, ele testou positivo.
Por conta desta situação, os governantes do país impediram que o Tricolor realizasse um treinamento antes da partida, permanecendo isolados no hotel, e recomendou que a partida fosse suspensa. Desta maneira, a Conmebol transferiu o confronto para sexta-feira (9), em Assunção, no Paraguai.
— A saúde dos cidadãos está acima de qualquer partida de futebol — publicou Gabriel Martínez, ministro do Governo, em sua conta no Twitter.
O governo ainda informou que, caso o Independiente Del Valle saia do país para enfrentar o Grêmio, deverá cumprir a quarentena obrigatória ao regressar. Respeitado o prazo, todos os membros da delegação serão submetidos a exames e, testando negativo, serão liberados para circular pelo país. O clube tem uma partida válida pelo campeonato nacional agendada para sábado (10), contra o Universidad Católica.
