Nesta terça-feira (22), a Bombonera estará lotada de torcedores do Boca Juniors, sedentos por vingar a derrota para o rival River Plate e chegar à final da Libertadores. Mas na véspera do Superclássico, a presença de turistas era predominante ao redor do palco da partida.
Não podia ser diferente, já que o estádio fica localizado no bairro de La Boca, um dos pontos mais conhecidos de Buenos Aires, que tem o Caminito como uma de suas atrações. Entre as pessoas que passaram por ali nesta segunda-feira estão as amigas Luiza Corral e Vitória Foigt, que viajaram desde Porto Alegre para passear na Argentina.
— Sou mais simpatizante do River Plate, mas vim aqui porque é um estádio muito famoso. Mas quando chegamos, descobrimos que não dá para entrar — contou a colorada Luiza.
Já a amiga, gremista, disse não ter preferência por nenhum lado no clássico portenho.
— Só acompanho aos jogos do Grêmio, mas sei que existe uma rixa entre eles pior do que o Gre-Nal — disse Vitória.
De tempos em tempos, diversos ônibus pararam ao lado da Bombonera, com turistas de todas as partes da América. Até mesmo o casal Júlio Cesar Chagas e Taís de Freitas, mineiros de Divinópolis, que escolheram a capital argentina como destino para a lua-de-mel.
— Sou torcedor do Cruzeiro, mas gosto do Boca. Talvez pela cor azul — disse Chagas, negando que que tenha guardado mágoas pelo fato de seu time ter sido eliminado pelo River nas oitavas de final.
Mas há também quem tenha vindo de longe para acompanhar ao jogo. É o caso do boliviano Gerardo López, que jura ser torcedor do Boca e, um dia antes do jogo, foi à Bombonera tirar fotos.
— Não sigo muito o futebol da Bolívia. Sou apenas Boca. Meu avô, pai e toda minha família eram torcedores. Apenas segui a dinastia — explicou López, que aposta em vitória de 3 a 0 e uma vaga na grande final.