Em seu retorno à Libertadores, o Atlético-MG busca reviver os grandes momentos de 2013, quando o time de Cuca conquistou o único título do clube na competição. Quatro remanescentes daquela campanha histórica seguem no grupo: o goleiro Victor, os zagueiros Réver e Leonardo Silva e o meia Luan.
Depois de sonhar com o título brasileiro, o Galo encerrou a competição em sexto lugar e garantiu a última vaga do país nas fases preliminares da Libertadores. Nos mata-matas, superou dois adversários uruguaios: primeiro o Danubio, depois o Defensor.
A mística do Horto — como a torcida chama a Arena Independência, em referência ao bairro onde o estádio se localiza — não será mais revivida nesta Libertadores. Depois de usar o estádio para 23 mil pessoas nas duas partidas em casa nas fases preliminares, o clube decidiu que a partir de agora mandará todos os seus jogos no Mineirão, que tem o triplo da capacidade.
O experiente Ricardo Oliveira é o grande nome do Galo, mesmo estando perto de completar 39 anos, em maio. Boa colocação e liderança o tornam a principal arma da equipe de Levir Culpi. Com os três gols marcados nos confrontos com o Danubio, ele chegou a 18 na história da Libertadores e já o sexto maior goleador brasileiro na história do torneio.
NACIONAL – Montevidéu (Uruguai)
Tricampeão da América e recordista de participações na Libertadores, ao lado do rival Peñarol (46 em 60 edições), o tricolor de Montevidéu atual está distante dos esquadrões montados nas décadas de 1970 e 1980, que assustavam os rivais do continente.
O Nacional vai para sua 23ª participação consecutiva no torneio, mas seu melhor desempenho nesse período foi a semifinal de 2009. O grupo é basicamente formado por veteranos, como os laterais Angeleri, 33 anos, e Álvaro Pereira, 35, o goleiro Conde, 35, e os atacantes Bergessio e Gonzalo Castro, ambos de 34 anos. Avançar de fase já será um bom resultado para a equipe dirigida pelo argentino Eduardo Domínguez.
Aos 34 anos, o argentino Gonzalo Bergessio é o responsável pelos gols do time. Com passagens por Benfica, Saint-Étienne, Catania e Sampdoria, ele desembarcou em Montevidéu no começo do ano passado e com 20 gols em 43 jogos rapidamente se tornou referência.
CERRO PORTEÑO – Assunção (Paraguai)
Outro assíduo frequentador da Libertadores, o Cerro Porteño ainda busca seu primeiro título. Apesar de entrar no torneio pela 40ª vez, o "Ciclón", como é chamado por seus torcedores, jamais chegou à final. Para tentar mudar esta história, o clube manteve o técnico espanhol Fernando Jubero, um ex-observador do Barcelona que assumiu a equipe durante os confrontos contra o Palmeiras, nas oitavas de final da Libertadores de 2018.
Mesmo sem ser titular absoluto, o atacante Nelson Haedo Valdez é o grande ídolo do Cerro. No currículo, o jogador de 35 anos tem duas Copas do Mundo (2006 e 2010), além de passagens pelos alemães Werder Bremen, Borussia Dortmund e Eintracht Frankfurt, pelo Valencia-ESP e pelo Rubin Kazan-RUS.
ZAMORA – Barinas (Venezuela)
Conhecido dos gaúchos por ter sido adversário do Grêmio na Libertadores de 2017, o Zamora disputará sua quinta Libertadores. A equipe de Barinas, cidade da família do ex-presidente venezuelano Hugo Chávez, deverá ser mero participante. Se empatar um jogo já será um grande feito para o clube presidido por Adelis Chávez, irmão de Hugo, e que acumula 13 derrotas seguidas em suas últimas três participações na competição.
O atacante Antonio Romero, 22 anos, nascido em Barinas e que começou a carreira no Deportivo Lara, é a principal esperança da "Furia Llanera". O jogador estava no Sigma Olomouc, da República Tcheca.