Ninguém no River Plate esconde que o técnico Marcelo Gallardo não respeitou as regras disciplinares da Conmebol na última terça-feira, quando o time argentino venceu o Grêmio na Arena, de virada, por 2 a 1, e se classificou a final da Libertadores. Os dirigentes acreditam em punição dura ao treinador e multa ao clube mas duvidam de eliminação da equipe como tenta o Grêmio em seu protesto.
Suspenso, Gallardo não ficou no banco de reservas, mas se comunicou durante todo o jogo com seu auxiliar através de um rádio e, no intervalo, desceu ao vestiário para orientar os jogadores e realizar uma substituição. Tais fatos são proibidos pelo regulamento para quem está suspenso.
O River Plate, que enviou sua defesa à Conmebol nesta quinta-feira, se agarra a um antecedente de características parecidas com a protagonizada por Gallardo em Porto Alegre. Foi no Campeonato Sul-Americano Sub-20 em janeiro de 2015.
Pela segunda rodada do hexagonal final, o Brasil venceu o Paraguai por 2 a 0, na competição disputada no Uruguai. Naquela partida, o técnico brasileiro, Alexandre Gallo, estava suspenso. Mas fez o mesmo que Gallardo. Não atendeu a punição e manteve contato com os jogadores.
O Paraguai pediu os pontos do jogo e não levou. A Conmebol não alterou o resultado. Naquele Sul-Americano, o Brasil terminou em quarto lugar, o Paraguai, em sexto, e a Argentina foi a grande campeã.
É o exemplo a que se apegam os dirigentes do River, como um caso que provocou jurisprudência. Por isso, o clube tem confiança de que o time não será retirado da final contra o Boca Juniors. As datas inclusive já foram marcadas pela Conmebol: 10 e 24 de novembro. A primeira, na Bombonera. Curiosamente, a segunda partida não teve o local divulgado pela entidade.