Não é surpreendente o déficit entre R$ 40 e R$ 50 milhões anunciado pelo Inter na tarde desta quarta-feira (14). O clube teve que reformar inteiramente o seu estádio e o centro de treinamento, abalados pelas enchentes de maio.
A temporada, que se esperava vitoriosa, foi duramente abalada por um calendário difícil. As eliminações de junho e julho arruinaram a possibilidade de ganhar dinheiro com premiações de Copa do Brasil e Sul-Americana.
Entendo quem responsabiliza inteiramente o técnico anterior por esses resultados. De fato, o Inter jogava menos do que se esperava, e conseguiu reencontrar seu rumo com Roger. O trabalho de Eduardo Coudet dava sinais de desgaste.
Ao mesmo tempo, a tragédia de maio e a maratona de junho abalaram os planos do clube. O documentário Gigantes e os números anunciados hoje colocam esse abalo de forma palpável para todos os colorados.
Se não fosse a venda de jogadores, como Maurício e Johnny, o resultado seria bem pior. Formar, vender e reorganizar o plantel terá que ser o caminho em 2025 para manter um clube sustentável.
Debate sobre SAF
Em meio a isso, ressurge o debate sobre a SAF. É importante lembrar a todos os colorados que uma sociedade anônima nem sempre significa uma multitude de investimentos, como aconteceu com o Botafogo. Às vezes, significa frustrações, donos pouco interessados, negócios estranhos.
Não se pode pensar SAF como um crédito financeiro infinito. Ainda mais em um clube com quase 150 mil sócios.
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