Em 21 de novembro, a cinco jogos do fim da temporada, o Inter ainda terá uma estreia. Quando enfrentar o Vasco, pela 34ª rodada do Brasileirão, a lateral direita colorada estará ocupada por Braian Aguirre. Será a primeira exibição do argentino, contratado em 2 de setembro na emergência do time que sofria sem um atleta oriundo do setor. E há uma boa expectativa em torno de seu começo.
Bruno Gomes ficou 15 jogos pendurado, sendo 11 deles depois da contratação de Aguirre. Improvisado na lateral, sua resposta foi tão boa que atuou 90 minutos de todos esses jogos. Como disse o técnico Roger Machado:
— Estava louco para dar uma chance ao Café (apelido de Braian Aguirre), mas não conseguia. Não tinha brecha.
Agora, apareceu. Roger já alertou que não deve ser feita qualquer comparação entre Aguirre e Bruno Gomes por uma simples razão: o argentino está há quase cem dias esperando uma oportunidade. Em compensação, a expectativa é alta.
— Bernabei disse que Aguirre tem o mesmo jogo ofensivo que ele, mas defensivamente é melhor. Então tá bom, né? Vou ter duas balas do lado do campo — brincou Roger ao final da vitória sobre o Fluminense.
De fato, Aguirre é conhecido por ser um lateral ofensivo. Suas maiores virtudes são a presença no campo de ataque e as construções. Atuou dos dois lados do campo no Lanús, de onde veio, e terminou as duas últimas temporadas com média de uma conclusão a gol por partida.
— Braian Aguirre é um jogador com vocação ofensiva. Por conta disso, chegou a ser utilizado até no meio campo (no Lanús). É um jogador com boas ações ofensivas — afirmou o analista tático do jornal Olé, da Argentina, Vicente Muglia.
O lateral, em sua apresentação, já havia dado impressões sobre si:
— Minhas referências são de que passo muito ao ataque, e defendo bem. Por isso, creio que vou ajudar a equipe como puder, e eles vão me ajudar, também, para me adaptar o mais rápido. Gosto de atacar muito, mas sou aguerrido na marcação. Vou deixar tudo sempre com muita garra por essas cores.
Pensando no adversário
Assim, é bem provável que o Inter tenha uma postura mais agressiva pelo lado direito. A presença de Aguirre permitiria a Bruno Tabata uma maior liberdade para fechar pelo meio, liberando o corredor para o lateral ocupar a linha de fundo. O Vasco tem um setor forte pela esquerda, com Lucas Piton sendo um dos destaques da equipe. Por isso, reforçar os avanços pelo setor podem obrigá-lo a ficar mais recuado.
Mas mais do que ser uma opção para um jogo específico diante de um adversário que tem força pelo lado oposto, o momento é de Café (apelido que recebeu na Argentina em um trocadilho por ser fã de Cafu) buscar espaço. Último reforço colorado na temporada, custou US$ 1,4 milhão (na época, cerca de R$ 7,8 milhões) por 50% dos direitos econômicos, com obrigação de compra de mais 25% no caso de completar algumas metas, como presença em campo e desempenho. Sem jogar, porém, elas ficarão para 2025.
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