O ano de 2024 tem sido especial para Anthoni. Foi o ano em que o goleiro ascendeu ao grupo profissional do Inter. Aos 22 anos, teve de encarar o desafio de defender a camisa do clube em que joga desde os 8 anos de idade.
Com Rochet com dores na costela, e a grave lesão no joelho sofrida por Ivan, Anthoni teve de ir campo após o intervalo do confronto contra o Avenida, pelo Gauchão, no primeiro compromisso da temporada.
— Querendo ou não, o Gauchão me deu esse preparo, de entender como o jogo funciona. Difícil foi no Gauchão. Não tive tempo. Foram 14 anos de preparo. Teve um frio na barriga — relembrou em entrevista ao "Bola nas Costas", da Rádio Atlântida.
Com o retorno do goleiro uruguaio, e a chegada de Fabrício, Anthoni foi para a reserva. A chance voltou a reaparecer recentemente. Foi titular nos jogos contra o Juventude, na Copa do Brasil, e diante do Cruzeiro, no Brasileirão. No duelo com os mineiros, se destacou ao defender o pênalti de Kaio Jorge.
— O fato de ser aos 35 minutos (a defesa do pênalti). Estávamos sofrendo. Isso trouxe uma pressão muito grande. São ossos do ofício. Tinha de estar preparado. Fui feliz e defendi o pênalti — destacou.
Até o momento, são 18 partidas pelo Inter. A insegurança das primeiras aparições ficou de lado, ainda que seja natural, dado a responsabilidade que tem em mãos. Para lidar com isso, Anthoni destaca o acompanhamento psicólogico que mantém:
— Isso me deu suporte, junto do trabalho técnico, que é muito bem feito — pontuou, citando os benefícios de conversar sobre a saúde mental:
— Eu comecei em 2020. Depois ele se desligou do clube. Pelo contato que tinha com ele, por essa afinidade, continuei. São vídeo-chamadas. Não é fácil. Não é do dia para a noite. É uma construção. O trabalho está começando a dar retorno. Demora para começar a entender. São conversas e avaliações. Tem uma metodologia.