Contratado para ser o protagonista da equipe, Enner Valencia enfrenta dificuldades no Inter. Contra o Atlético-GO, no domingo (18), o centroavante completou seis jogos sem marcar. O equatoriano balançou as redes oito vezes em 22 jogos com a camisa colorada em 2024.
A má fase do atleta de 34 anos ganha destaque em meio à turbulência que o clube atravessa. Nos últimos 15 jogos, foram apenas duas vitórias — no Gre-Nal e contra o Juventude, pelo Brasileirão. No meio disso, duas eliminações traumáticas, na Copa do Brasil e na Sul-Americana.
Nas últimas três partidas, Valencia foi substituído sem dar resposta em campo. Contra o Juventude, saiu no intervalo depois de perder pênalti no primeiro tempo.
Diante da busca da equipe por resultados melhores e das atuações questionáveis, Valencia deve ir para o banco de reservas? Zero Hora consultou os colunistas sobre a questão. Leia, abaixo, as opiniões.
"Não! Não há no elenco no Inter um jogador melhor do que o Valencia. O jogo contra o Atlético-GO mostrou que, se está ruim com ele, pior sem ele. A primeira opção é o Alario, que nem no melhor momento no Inter é superior ao que o Valencia tem apresentado. Mesmo que o Borré volte contra o Cruzeiro, eu não acredito que o Inter irá melhorar substancialmente. O problema do Inter é anterior ao Valencia. O problema é tudo que acontece no coletivo do Inter antes de chegar ao ataque. O Valencia precisa fazer gol e, para isso, tem que estar jogando."
"Não. O Valencia é o principal atacante do Inter. Ele precisa é ser recuperado. O Inter tem de, urgentemente, diagnosticar a razão dessa apatia do equatoriano. Investigar se não há um problema extracampo que, somado aos aspectos técnicos, possa estar tirando-o do prumo. Há, além disso, um outro ponto a ser levado em conta: Valencia emendou a lesão no pé com a parada do futebol da dupla Gre-Nal, pela enchente, e a ida à Copa América, onde os convocados treinam menos e sempre voltam com defasagem física."
"A primeira missão do Roger Machado é definir como o time dele vai jogar. Se terá mais posse bola ou se apostará em ligações diretas, como vimos nos últimos jogos. O sistema coletivo do Inter está empobrecido. Se o esquema de Roger prevê apenas um atacante mais adiantado, o escolhido deverá ser Borré. Valencia não vive bom momento e tem cometido erros em quase todos os fundamentos de um homem de frente. Quando jogou pelos lados, o equatoriano não rendeu e, por isso, neste momento, ele é reserva de Borré, caso o esquema seja o 4-2-3-1."