Adversário do Inter nas quartas de final do Gauchão, o treinador do São Luiz, Alessandro Telles, não nega as diferenças que separam os dois clubes. Além das vantagens financeiras e de estrutura, o Colorado pode jogar pelo empate no fim de semana. O comandante do time de Ijuí acredita que só "a partida perfeita" pode dar a classificação.
O São Luiz terminou a primeira fase do Gauchão na oitava posição, com 13 pontos, duas vitórias, sete empates e duas derrotas. Como o próprio treinador revelou em conversa com GZH, a classificação frustrou o planejamento inicial, já que a meta era ficar entre os quatro primeiros para jogar o mata, de jogo único, em casa.
Abaixo, veja o que o treinador projeta para o confronto contra o Inter. O jogo está marcado para sábado (9), às 16h30min.
Como o São Luiz pode vencer o Inter no Beira-Rio?
Tudo pode acontecer, mas, primeiramente, nós teríamos que fazer uma partida perfeita, tanto tecnicamente, quanto taticamente. Teríamos que ter uma concentração muito alta. O Inter é o clube que está jogando o melhor futebol do Gauchão. É o clube que, para mim, tem a intensidade mais alta do campeonato. Então, é muito difícil, mas, por isso que o futebol é apaixonante. Em um jogo só, isso (a vitória) pode acontecer.
Quais são as principais virtudes do São Luiz?
Nós temos uma marcação forte. Nós tentamos encurtar os espaços e sair em velocidade. Temos uma transição boa, jogadores que gostam de ficar com a bola, que não gostam de jogar por uma bola só. Nós gostamos de ter construções, triangulações, e a gente mostrou isso ao longo do campeonato. Essas são as nossas maiores virtudes, mais a inteligência de jogo da equipe. Queremos estar na melhor forma, tanto mental quanto de desenvolvimento de jogo.
Punido por conta da confusão na partida contra o São José, o treinador do Inter, Eduardo Coudet, não estará à beira do gramado contra o São Luiz. Isso vai repercutir de alguma forma dentro das quatro linhas?
Não. Ele vai comandar a semana de trabalho. Logicamente, à beira do gramado, ele pode fazer alguns ajustes, mas ele tem o seu braço direito, que é o Lucho (González, auxiliar técnico), que trabalha com ele há um certo tempo. Isso aconteceu contra o Juventude, e eles ganharam o jogo. Então, isso não interfere em muita coisa não. Ele estará no Beira-Rio e qualquer coisa que ele precisar a gente sabe que chega ao ouvido do Lucho.