Com audiência marcada para o dia 11 de julho, em Barcelona, o lateral-direito Hugo Mallo, do Inter, terá de ir à Espanha para responder a um processo por abuso sexual. No entanto, antes disso, o empresário do jogador, Quique de Lucas, emitiu uma nota afirmando que o espanhol é inocente.
O caso pelo qual Mallo é acusado ocorreu em 24 de abril de 2019, quando, jogando pelo Celta de Vigo, ele teria apalpado os seios da mulher que se vestia como mascote do Espanyol (seu nome não foi revelado), no Estádio Cornellà-El Prat. A notícia foi divulgada pelo Diario AS, da Espanha.
Confira a nota do empresário Quique de Lucas:
"Depois da informação publicada no dia 30 de janeiro de 2024, no diário As, acreditamos ser necessário dar alguns esclarecimentos. Em primeiro lugar, negamos categoricamente os fatos denunciados, o que já foi afirmado perante o Tribunal que os investigou, exigindo absoluto respeito à presunção de inocência. Esse mesmo Tribunal, após tomar depoimento do denunciante, de Hugo e avaliar o restante das provas, decidiu arquivar a questão por não considerar os fatos provados.
Esta resolução foi objeto de recurso por ambas as partes, a reclamante porque acreditava que os fatos descritos na denúncia estavam provados, e nós porque entendemos que, não só não foram provados, como se podia assegurar que não ocorreram. Foi o Tribunal Provincial que ordenou a reabertura do processo para que a controvérsia fosse resolvida em julgamento oral, ao qual, recordemos, Hugo aparece como INOCENTE.
Gostaríamos de destacar que tanto o RC Celta como o RCD Espanyol, ao ativarem os respetivos protocolos e após análise das informações recebidas, consideraram que não havia provas do que foi relatado, nem nenhum processo foi iniciado pela RFEF ou pela La Liga. Pedimos que a Justiça possa agir, bem como o máximo respeito por Hugo e sua família enquanto aguardamos que a verdade venha à tona."
Entenda o caso
A denúncia foi feita em 25 de abril de 2019, um dia seguinte ao suposto fato. Hugo Mallo, em 10 de julho, compareceu ao juizado para apresentar sua versão e negou qualquer delito. Em setembro de 2019, a decisão em primeira instância foi favorável ao jogador. Segundo o texto, não estava "justificado o abuso sexual descrito na denúncia". Em 2021, porém, um recurso da acusação foi aceito pela Nona Seção do Tribunal de Barcelona.
Na sentença, a juíza entende que, por mais que as imagens não sejam claras, o cumprimento foi mais longo do que os demais e que a mascote tira a mão do jogador e vai para trás do outro mascote". O julgamento final, inicialmente previsto para 25 de maio do ano passado, foi remarcado para 11 de julho de 2024.