O Inter enfrentará dois adversários na noite desta quarta-feira (29). Além do Cuiabá, rival da 36ª rodada do Brasileirão, os comandados de Eduardo Coudet terão de superar o forte calor da capital mato-grossense. Talvez esteja aí a explicação para que o Colorado nunca tenha vencido na Arena Pantanal. Até agora, são três jogos, com dois empates e uma derrota.
— Tem que tomar bastante água, mesmo que não esteja com sede. Eu tinha esse problema, porque não tomava tanta água e isso me prejudicava. Um conselho que posso dar é para se hidratar bastante e evitar o último pique (risos). Sabe aqueles atletas que dão um pique atrás da bola para ganhar a torcida? É melhor evitar, porque vai faltar (fôlego) depois, aos 42 do segundo tempo — avisa o ex-meia Diego Torres, gaúcho que vestiu a camisa do time cuiabano na década passada.
Aliás, Torres fala aos colorados com uma certa propriedade. Em 2014, ele esteve em campo no primeiro enfrentamento entre as duas equipes. O confronto se deu pela segunda fase da Copa do Brasil daquele ano e o Inter avançou com uma goleada de 4 a 1 no Beira-Rio.
Antes disso, porém, na partida de ida, na Arena Pantanal, sofreu para buscar o empate por 1 a 1, com gol de Rafael Moura nos minutos finais. Na equipe figuravam atletas como Dida e D'Alessandro, além de Aránguiz e Alan Patrick, que voltarão ao gramado nove anos depois.
— Não vamos ser hipócritas e dizer que jogamos muito melhor. Se for olhar no papel, o Inter só tinha jogadores de alto nível. Apesar de termos jogadores muito bons, não tinha como comparar. Tenho certeza que nós conseguimos o empate por causa do calor, porque é uma diferença absurda. No início, eu também sentia bastante, meu nariz sangrava e era difícil até para treinar. Na Arena Pantanal, não entrava ar. Então, acredito que o Inter sentiu um pouco o calor, sim. De início, confesso que me assustei com o calor também. É muito diferente da região Sul, onde estamos acostumados com temperaturas mais baixas. Até o corpo entender que tinha que ir um pouco mais devagar, demorei para me adaptar. Mas, depois, foi muito legal — conta.
Aos 37 anos de idade, Diego Torres pendurou as chuteiras e voltou a morar em Porto Alegre. Em meio às lembranças da carreira, entre tantos clubes que defendeu, como Cruzeiro, São José, Pelotas, Caxias e Guarany de Bagé, guarda as recordações do que viveu em Cuiabá.
— O clube estava crescendo ainda, tinha títulos estaduais, mas não tinha projeção em cenário nacional. Recém estava construindo o CT. Então, fico feliz em ver onde o Cuiabá chegou, porque desde aquela época o clube era conduzido por pessoas sérias. Não está na Série A à toa. Não tenho acompanhado tanto, por conta da rotina que tenho atualmente, mas acho que vai ser um jogo difícil para o Inter — projeta.