A jovem Thaila Giullia Dias viu no Beira-Rio uma oportunidade especial para acompanhar o time do coração. Ela nasceu em Jales, na região noroeste de São Paulo, mas se mudou aos 10 anos para o sul do Brasil e diz nunca ter tido a chance de ver o time na Vila Belmiro.
Aos 20 anos, Thaila, que é estudante e modelo, mora em Passo de Torres, cidade catarinense que faz divisa com o Rio Grande do Sul. O estádio colorado e a partida de domingo (22) formavam a combinação perfeita para a jovem torcedora. Para ela, o passeio só não foi melhor por um detalhe: o placar. O Inter aplicou 7 a 1 no Santos — a maior goleada do Colorado desde 2015, no 6 a 0 contra o Vasco pelo Brasileirão.
— Confesso que, no primeiro gol, fiquei desapontada. Foi um erro do próprio jogador alvinegro. Todos os torcedores presentes desacreditaram do ocorrido, mas se mantiveram animados até os últimos segundos. Eu não me arrependo de ir ao jogo e ver meu time pela primeira vez em campo, só tive o azar de ver um jogo em que estávamos com desfalques — comenta a torcedora.
Para Thaila, a ausência de Soteldo e a má atuação do goleiro Vladimir fizeram a diferença para que a goleada histórica fosse construída. Críticas ao time à parte, a primeira experiência do Beira-Rio não será a última. Ela afirma que pretende retornar ao local para ver outros jogos, e também quer conhecer a Arena do Grêmio.
— Tudo só depende do time, comissão técnica e, principalmente, da presidência, já que estamos na zona de rebaixamento por falta de organização e investimento — opina.
No sul do país, Thaila tem laços fortes: a mãe, que mora com ela em Santa Catarina, e a irmã, em Caxias do Sul. Os demais familiares são do interior de São Paulo.
— Sou santista desde que nasci por influência do meu tio Nenca, ainda que na família eu tenha quatro tios, um para cada time paulista — complementa a jovem torcedora.