Projeção de quebra de recorde de público, duelo de dois gigantes brasileiros e expectativa por vaga na final da Libertadores. Parece óbvio, mas é bom lembrar: a noite desta quarta-feira (4) receberá um dos maiores e mais importantes jogos desde que o Beira-Rio foi reformado para sediar a Copa do Mundo de 2014.
A dimensão do evento pode ser medida pelo número de pessoas que trabalharão no estádio ou em seu entorno. Para se ter uma ideia, na manhã desta terça (3), com mais de 24 horas de antecedência à partida entre Inter e Fluminense, veículos das empresas de televisão que farão a cobertura já instalavam equipamentos, com vans de transmissão estacionadas no pátio, dividindo espaço com câmeras enfileiradas e metros de cabos a serem desenrolados.
Mas, além dos aproximadamente 250 profissionais de imprensa credenciados para trabalhar na cobertura, na área da segurança serão entre 500 e 800 pessoas a mais do que as mobilizadas em confrontos de menor proporção, por Brasileirão e Gauchão, por exemplo.
— É um jogo de grande complexidade, que envolve um grande número de funcionários do clube, terceirizados e do poder público, com mais de duas mil pessoas trabalhando — avalia Victor Grunberg, vice-presidente de Patrimônio e Administração do Inter.
Diante da intensa movimentação esperada para o entorno do estádio antes mesmo da bola rolar, há uma preocupação por parte da diretoria em conscientizar os torcedores para que cheguem cedo e, principalmente, não acendam sinalizadores — seja no pátio ou nas arquibancadas.
Também por isso, não será permitida a entrada de mochilas e bags no estádio. A Comissão Disciplinar da Conmebol prevê multa de US$ 5 mil (cerca de R$ 25,7 mil) por artefato pirotécnico nestes locais.
Denúncias sobre venda de carteiras
Outro ponto que tem mobilizado os dirigentes colorados são denúncias sobre vendas de carteiras sociais. Ao longo da semana, o clube anunciou que tem agido para inibir esta prática cabendo a suspensão do acesso, além do encaminhamento do caso à Comissão de Ética e às autoridades públicas.
— Estamos atentos às vendas de carteiras, aluguéis, com preços exorbitantes. Crimes estão sendo cometidos e a gente pode atuar nisso antes da partida. Qualquer denúncia, o torcedor pode utilizar o canal da ouvidoria, que vai ser investigado — declarou Grunberg.