Agora são 10 os jogos que o Inter está sem vencer no Brasileirão. Nem mesmo o embalo da classificação na Libertadores ajudou a quebrar a sequência sem vitória. O 0 a 0 com o Goiás, neste sábado (2), foi o 10º jogo seguido sem somar os três pontos, a terceira pior série colorada na história da competição, atrás apenas das campanhas de 1990 (11 partidas) e 2016 (14).
Com o empate na Serrinha, o Inter chegou aos 26 pontos e subiu para a 12ª colocação, mas ainda pode perder posições para Cruzeiro e Corinthians e retornar ao 14º lugar. O time volta a entrar em campo somente em 13 de setembro, quando recebe o São Paulo, no Beira-Rio. Antes ainda de enfrentar o Fluminense, pela semifinal da competição continental, a agenda aponta confronto contra o Athletico-PR, no dia 21.
O primeiro tempo transcorreu em uma atmosfera um tanto estranha. Com Gabriel no lugar do lesionado Johnny e De Pena no lugar de Mauricio, por opção técnica, o Inter acampou no campo de defesa do Goiás e dominou a primeira metade do jogo. Parecia mais perto do gol, mas, ao mesmo tempo, parecia longe de conseguir marcar. A estratégia dos donos da casa era a de deixar os gaúchos atacarem e, em uma escapada, tentar a sorte.
A tática fez com que o time de Eduardo Coudet tivesse de ser persistente. Era um tenta atacar, erra, recupera a bola, tenta atacar, erra recupera a bola… constante. A insistência não significou sucesso. As duas melhores chances saíram de erros individuais da defesa adversária. Ambos de Lucas Halter.
No primeiro, um exemplo clássico da rotina da partida. O Inter roubou a bola, mas, em um primeiro momento, logo perdeu a posse. Mas um vacilo de Halter, permitiu que Valencia desse continuidade no lance. O atacante colorado parou no goleiro Tadeu, aos 17. Depois de mais 20 minutos de pouca inspiração, o equatoriano teve outra oportunidade. A dinâmica foi a mesma. O zagueiro deu um chutão para dentro da própria área. Valencia saiu na cara do goleiro e disparou um chutaço desviado por Tadeu.
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A pouca convicção ofensiva do Inter começou a abrir brechas na retaguarda. As investidas do Goiás se tornaram mais perigosas. No último lance da primeira etapa, Magno entrou pelo lado direito às costas da defesa. Preciso, Rochet se posicionou de modo que a bola só tinha como destino o seu corpo, mantendo o 0 a 0 no placar.
Embora o Goiás tenha vindo mais assanhado para os últimos 45 minutos, o ritmo do confronto não se modificou muito. A entrada de Mauricio no lugar de De Pena no intervalo não melhorou a produção ofensiva colorada. A primeira chance mais clara surgiu apenas aos 24 minutos. Após escanteio da direita, Matheus Babi cabeceou sobre o gol de Rochet.
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A novidade de Coudet para a etapa final foi utilizar Lucca. O garoto ganhou meio tempo em campo. Mas o Inter teve menos a bola nesse período. O Goiás em outros dois lances pelo alto, criou algum problema para a defesa colorada. Os arremates, entretanto, saíram fora do alvo. E se a bola não acerta a "casinha", o destino é o 0 a 0. Foi assim para Goiás e Inter, que, no fim, ainda protagonizaram uma confusão que resultou com três expulsos.
Brasileirão
22ª rodada — 02/9/2023
Goiás (0)
Tadeu; Maguinho, Lucas Halter, Bruno Melo e Hugo (Alesson, 9’/2ºT); Willian Oliveira (Raphael Guzzo, 9’/2ºT), 9, Morelli e Guilherme (Luis Oyama, 30’/2ºT); Allano, João Magno (Matheus Babi, 9’/2ºT) e Anderson Oliveira (Palacios, 30’/2ºT). Técnico: Armando Evangelista
Inter (0)
Rochet; Bustos, Hugo Mallo, Mercado e Renê; Gabriel; De Pena (Mauricio, INT), Aránguiz (Bruno Henrique, 22’/2ºT) e Wanderson (Pedro Henrique, 35´/2ºT); Alan Patrick (Luca, 22’/2ºT) e Valencia (Luiz Adriano, 35’/2ºT). Técnico: Eduardo Coudet
CARTÕES AMARELOS: Guilherme, Maguinho (G); Aránguiz, Valencia, Wanderson (I)
CARTÃO VERMELHO: Maguinho e Lucas Halter (G); Luiz Adriano (I)
ARBITRAGEM: Braulio da Silva Machado (Fifa-SC), auxiliado por Alessandro Alvaro Rocha de Matos (BA) e Kleber Lucio Gil (SC). VAR: Rodrigo D Alonso Ferreira (SC)
PÚBLICO: 11.038 (8.540 pagantes)
RENDA: R$ 256.440,00
LOCAL: Estádio da Serrinha, em Goiânia (GO)