Na semifinal da Libertadores, algo que não ocorria desde 2015, o Inter convive também com um momento de instabilidade no Brasileirão, onde os resultados não têm aparecido. Em entrevista ao programa Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha, na noite desta terça-feira (5), o presidente Alessandro Barcellos falou sobre a sequência negativa na competição nacional, reforçando a preocupação do clube com a questão da arbitragem nas últimas rodadas.
— O Inter tem registrado de forma muito respeitosa (críticas à arbitragem). Isso infelizmente não está tendo efeito. Eu não defendo que tenha algum complô, nada disso. É uma falta de critério. Isso não se resolve sem que a gente profissionalize a arbitragem. Isso faz parte do diagnóstico geral. Temos de melhorar nosso nível de atuação. Temos uma importante parte do campeonato pela frente. Precisamos recuperar posições e temos certeza de que temos condições disso — afirmou.
No torneio continental, o Colorado terá o Fluminense no meio do caminho rumo ao tricampeonato. O dirigente exaltou o momento da equipe e a preparação realizada para a partida de ida, marcada para o dia 27 de setembro, no Maracanã, no Rio de Janeiro.
— Vamos para esse duelo acreditando no potencial do nosso grupo. É um trabalho passo a passo. O jogo de ida é uma primeira etapa de uma decisão importante. Estamos encarando ele desde o final da partida contra o Bolívar. Focamos de que precisamos passar por essa etapa — ressaltou, valorizando o amadurecimento do elenco colorado:
— Temos de ter confiança. Essa é uma palavra fundamental. Nos melhores momentos do Inter, por óbvio, tínhamos qualidade técnica, mas acima de tudo tínhamos confiança. Acredito que com esse trabalho seja possível disputar o título, sabendo das dificuldades. São três adversários tradicionais. É trabalhar e acreditar que é possível. Dentro de campo é que as coisas vão se resolver.
A confiança também passa pelo protagonismo de jogadores recém-chegados, casos de Rochet e Valencia, que têm se destacado na Libertadores. Barcellos resumiu a importância de contar com atletas experientes em jogos internacionais.
— As coisas têm uma ordem. Quando as coisas dão certo, a gente precisa valorizar. Em 2022 também fizemos uma janela com Bustos, Vitão, Renê, Gabriel, De Pena, Alan Patrick, Pedro Henrique, Wanderson e Igor Gomes. Não podemos simplificar o processo como algo mágico. Todos os jogadores são importantes. Isso só foi possível porque tivemos dois anos de superávit. Buscamos jogadores com passes liberados. Trouxemos jogadores desse nível dentro de uma folha que é menor do que era em janeiro de 2021. Isso foi difícil de fazer — pontuou.