O Inter está próximo de fechar a contratação de Sergio Rochet, do Nacional, em um contrato válido por quatro temporadas. O goleiro de 30 anos, também titular da seleção do Uruguai, chegará ao Beira-Rio para agregar experiência a um setor que conta com John e Keiller como opções.
A experiência que o Colorado aposta é de um jogador que já disputou Eliminatórias e Copa do Mundo pelo Uruguai e cinco Libertadores pelo Nacional. Uma referência no Parque Central, é o capitão da equipe e ergueu a taça do Campeonato Uruguaio no ano passado.
Início da trajetória
A construção da carreira de Sergio Rochet é bastante incomum para os jogadores uruguaios de sua geração. Ao contrário de José Maria Giménez, Mathías Vecino e Giorgian De Arrascaeta, por exemplo, o goleiro jamais disputou competições pelas seleções de base da Celeste e tornou-se titular de uma equipe do futebol local apenas aos 27 anos.
Apelidado de Chino, uma referência aos asiáticos que tem como característica física os olhos estreitos, Rochet foi revelado pelo Danubio, porém jamais foi titular do time do Jardines del Hipódromo. Curiosamente, ele ficou dois anos no banco de Salvador Ichazo, que atualmente é seu reserva no Nacional. Na época, Ichazo prometia ser o sucessor de Fernando Muslera no Uruguai e tinha sido titular das seleções sub-17 e sub-20.
Oportunidade no Exterior e retorno ao Uruguai
Sem espaço, Rochet teve de buscar uma oportunidade no Exterior. O clube escolhido foi o AZ Alkmaar, da Holanda, onde começou a primeira temporada no banco, porém tornou-se titular nas duas seguintes. Em 2017, foi vendido pelos holandeses ao Sivasspor, da Turquia, onde novamente teve altos e baixos. Titular no primeiro ano, jamais esteve em campo na temporada 2018/2019 e decidiu voltar ao Uruguai.
Defendendo o Nacional, Rochet levantou o troféu do Campeonato Uruguaio em três oportunidades: 2019, 2020 e 2022, quando também levou o prêmio de melhor goleiro da competição. No entanto, quando chegou ao clube do Parque Central, também começou na reserva. Só assumiu o posto principal com a lesão do panamenho Mejía, no início de 2020.
Seleção do Uruguai
O destaque de Chino Rochet pelo Nacional foi tamanho que lhe levou para as listas de Maestro Tabárez na seleção uruguaia. Na última Copa América, foi reserva de Fernando Muslera, e assumiu a posição de titular a partir da grave lesão do companheiro, no ano seguinte.
— Decidi vir para o Nacional, pelo que representa em nível nacional e mundial, pois sabia que podia entrar no radar da seleção. Foi quando o Maestro Tabárez me viu e me deu a possibilidade de ir para a Copa América e as Eliminatórias. Olhando para trás, foi tudo perfeito — disse Rochet antes da última Copa do Mundo.
Sob o comando de Diego Alonso, foi titular na reta final das Eliminatórias e nos três jogos no Catar. Porém, a Celeste decepcionou seus torcedores e caiu ainda na primeira fase, ficando atrás de Portugal e Coreia do Sul no Grupo H.
O momento mais marcante no Mundial foi a defesa de um pênalti no primeiro tempo diante de Gana, na terceira rodada, quando o placar era de 0 a 0. Com dois gols marcados por De Arrascaeta, o Uruguai chegou a vencer a partida, mas não foi o suficiente para avançar às quartas de final.