Três motivos fizeram o Inter buscar no Uruguai a contratação do goleiro Sérgio Rochet, 30 anos, do Nacional-URU. O principal foi a necessidade vista pela comissão técnica de contar com um nome mais experiente para a fase mata-mata da Libertadores. Porém, pesaram ainda a insegurança de Keiller na temporada e a indefinição do futuro de John, que está emprestado pelo Santos apenas até dezembro de 2023.
Pela liberação imediata de Rochet, o Inter pagará cerca de US$ 1 milhão (R$ 4,86 milhões) ao Nacional. O atleta é aguardado nos próximos dias em Porto Alegre e, em tese, disputará posição com John por uma vaga no time titular.
Contudo, o uruguaio larga com algumas vantagens. Titular da seleção uruguaia na última Copa do Mundo, Rochet tem vasta experiência em competições de mata-mata, incluindo a Libertadores. Apesar de ter 27 anos, viver bom momento na temporada e gozar de bom prestígio no Beira-Rio, John foi titular assíduo por pouco tempo na carreira, mesmo somando Santos e Inter. Em uma Libertadores, isso é considerado um ponto de atenção.
Além disso, a direção e a comissão técnica consideram importante ter dois goleiros de alto nível e prontos para atuarem como titulares em jogos difíceis como os que se avizinham pela competição continental. Com a confiança abalada por conta de falhas recentes, Keiller ficou para trás e pode ser negociado com outro clube, seja agora ou na próxima temporada.
Por fim, pesa a incerteza sobre o futuro de John. Vinculado ao Santos, o atleta está emprestado ao Inter só até dezembro, e as negociações para compra em definitivo estão complicadas. Na relação custo-benefício, a direção avaliou que valeria mais a pena investir no uruguaio.
As tratativas com Rochet e Nacional foram intermediadas pelo empresário André Cury, habitual parceiro do Inter. O goleiro assinará contrato de quatro anos com o clube gaúcho.