Com o primeiro semestre de 2023 chegando ao fim sem o Inter ter entregado o desempenho esperado e tido eliminações precoces no Gauchão e na Copa do Brasil, os questionamentos sobre as decisões tomadas para a nova temporada são grandes em torno da direção. Um debate gerado se dá pela saída de jogadores antes tidos como peças-chave no grupo, casos de Taison e Edenilson, que deixaram o Beira-Rio após o Brasileirão do ano passado.
Em participação no programa Bola nas Costas, da Rádio Atlântida, nesta segunda-feira (19), o presidente Alessandro Barcellos defendeu as medidas da diretoria e questionou sobre o desempenho dos atletas que deixaram o Colorado em seus atuais clubes.
— Todos os jogadores que saíram do Inter não conseguiram jogar mais do que jogavam aqui em nenhum lugar. Eles estavam em final de ciclo no clube e isso foi feito. Vou dar um exemplo. Na zaga saiu o Cuesta e tem o Vitão. Vitão não é um grande jogador? No meio-campo tem o Aránguiz, que ainda não jogou por uma questão física, mas que tem as características e estilo de jogo do Edenilson. Eu não queria citar nomes, mas falo do Edenilson, que é um jogador que sempre defendi dentro do Inter. Ele sabe e todo mundo sabe. Já defendi publicamente e fui xingado pela torcida. Ele é um jogador que quando foi convocado para a Seleção Brasileira naquele momento, talvez, apenas o Gerson (Flamengo) estivesse no mesmo nível — defendeu Barcellos, que seguiu citando Johnny como exemplo de um jogador que ganhou espaço com a mudança feita no elenco.
— Nós apostamos no Johnny, que não estava jogando por ser da mesma posição (do Edenilson). Ontem (domingo, 18), ele jogou pelos Estados Unidos e é um ativo do clube. Eu não penso que tivemos um decréscimo (de qualidade), é só olhar como estão (jogadores que saíram) em outros clubes — seguiu.
Alessandro Barcellos admitiu que o fato de o Inter não ter conseguido fazer as vendas necessárias para o orçamento no começo do ano atrasou a chegada de reforços. O dirigente, no entanto, ressaltou que o atual elenco do Inter deveria ter apresentado um futebol melhor ao longo do primeiro semestre.
— A gente não conseguiu na primeira janela não apenas vender, como comprar os jogadores que precisávamos. Mas nós mantemos a ideia de que temos um bom plantel, capaz de ganhar o Gauchão e também de fazer boa campanha neste primeiro semestre. O plantel não é o nosso problema. Tivemos um problema de ordem física. Não tivemos a mesma intensidade do ano passado. O Inter esteve, em 2022, entre os três ou quatro melhores ataques e também na defesa. Isso mostra a solidez do time e não conseguimos repetir com o mesmo plantel neste ano. Não foi o plantel o problema — completou.