Depois de um discurso vago na zona mista da Arena, a diretoria do Inter se reuniu no Beira-Rio, no final da manhã desta segunda-feira (22), para bater o martelo sobre Mano Menezes. Além do presidente Alessandro Barcellos, avaliam o momento e a saída ou manutenção do treinador colorado os vice-presidentes que compõem o Conselho de Gestão (Dannie Dubin, Arthur Caleffi, Luiz Carlos Bortolini e Humberto Busnello).
Apesar da sequência de cinco derrotas consecutivas, três motivos levam os dirigentes a ponderar a possibilidade de que o comandante seja mantido no cargo: a escassez de opções no mercado, o pouco tempo de adaptação para que um novo profissional seja contratado em meio à temporada e a multa rescisória no contrato, avaliada em cerca de R$ 1 milhão.
Entre os nomes levantados internamente está Rogério Ceni, que enfrenta certa resistência da torcida nas redes sociais. O ex-goleiro foi demitido do São Paulo no fim de abril.
Também é levado em consideração o fato de a gestão ter apenas mais seis meses de duração. Então, não está descartada a possibilidade de que Cauan de Almeida assuma o time de forma interina até que se chegue a um consenso por um novo técnico.
Além disso tudo, há um cuidado para que a decisão não onere os cofres do clube. O argumento dado é de que, quando Alessandro Barcellos assumiu a presidência, em janeiro de 2021, a folha de pagamentos contava com sete treinadores ao mesmo tempo — incluindo Guto Ferreira, que havia deixado o clube no final da Série B, em 2017. Portanto, a ideia é não repetir o mesmo erro com a próxima gestão, independente do resultado das eleições no fim do ano.
Para todos efeitos, o Inter pretende colocar um ponto final neste debate até o fim do dia, até para não alterar o planejamento do time para o próximo desafio, contra o Metropolitanos, pela Libertadores.
Na manhã desta segunda, os jogadores treinaram com portões fechados no CT Parque Gigante. Na terça (23), o cenário deve se repetir, antes da viagem em voo fretado para Caracas, na Venezuela.