A instabilidade vivida pelo Inter após a eliminação na semifinal do Gauchão não é nada perto da crise que o CSA está enfiado. Em campo, nada funcionou para o adversário colorado na Copa do Brasil, tampouco fora das quatro linhas. O elenco passa por mais uma reformulação, agora visando à Série C do Brasileirão.
O Azulão não é sombra daquele clube que em 2019 disputou o Brasileirão e que tinha uma previsão orçamentária na casa dos R$ 40 milhões. Nesses quatro anos, a arrecadação foi definhando, culminando com a queda da Série B para a C no ano passado. Depois da eliminação em três competições no começo de ano, o futuro não parece promissor.
Na Copa do Nordeste, o time alagoano passou pela fase preliminar e, na sequência, foi lanterna do Grupo B, com sete pontos em oito partidas. O Alagoano também terminou antes do previsto. O quinto lugar, em um torneio com oito clubes, foi insuficiente para ir às semifinais. Com a eliminação no regional, a diretoria decidiu colocar a equipe titular para jogar o restante da Copa Alagoas para tentar o título e a classificação para a Copa do Brasil. Mesmo com o ingresso dos principais jogadores, a eliminação veio na semifinal.
O calendário ficou esvaziado. O CSA não entra em campo desde 26 de março. O período foi utilizado para fazer uma intertemporada para ter um time mais competitivo no restante do ano.
— O elenco tinha 40 jogadores. Então, o clube está recomeçando. São 30 dias para fazer o que não foi feito em quatro meses. A intertemporadaestá sendo utilizada para recuperar jogadores lesionados. É estranho dizer, mais é um novo recomeço — conta Alberto Oliveira, repórter da Rádio Gazeta.
Após o fim da Série B do ano passado, o presidente Omar Coêlho renunciou ao cargo. Uma junta foi formada para comandar o clube até Rafael Tenoria voltar a comandar o clube. Entre as primeiras medidas tomadas estave a demissão do técnico Adriano Rodrigues. Roberto Fonseca foi contratado. Durou somente nove partidas. Beto Moraes assumiu como interino até a chegada de Vinícius Bergantin. O departamento de futebol também passa por modificações. O executivo de futebol, Sidiclei Menezes, e o gerente, Leandro Souza, foram desligados. Seus postos ainda não foram ocupados.
A troca constante de treinadores vez o vai e vem de jogadores ser constante. Foram contratados 31 jogadores para a temporada. Outros 12 foram dispensados. O enxugamento do elenco após as eliminações fez a folha salarial para a casa dos R$ 350 mil.
— É um clube que está ferido pelo descenso do ano passado. A equipe passa por reformulação. O nosso grande objetivo é se classificar para a Série B — explica Bergantin.
Na Copa do Brasil passou pela Tuna Lusa com uma vitória por 1 a 0 na primeira fase. Na sequência, venceu o Brusque pelo mesmo placar.