Com dois dentes quebrados no Gre-Nal, Keiller deve ser preservado na última rodada da fase classificatória do Gauchão. Assim, no sábado (11), diante do Esportivo, no Beira-Rio, o goleiro John terá caminho aberto para fazer sua estreia pelo Inter.
Há seis meses sem atuar em uma partida oficial (a última exibição foi em junho do ano passado, no empate em 0 a 0 com o Corinthians, pela 14ª rodada do Brasileirão), o jogador foi emprestado pelo Santos ao Colorado para ter maior sequência. Até porque, apesar de ter 27 anos de idade, tem apenas 45 jogos em toda a carreira, com uma média aproximada de 11 apresentações a cada temporada.
Para se ter uma ideia, no comparativo, o titular Keiller é oito meses mais novo e já tem 58 partidas como profissional — duas em 2017, quando Danilo Fernandes e Marcelo Lomba se lesionaram na reta final do Gauchão, 30 quando esteve cedido à Chapecoense e 26 desde que voltou à capital gaúcha.
— Acho que, mesmo com pouca performance, eu já tenho mostrado bastante. Atuei em muitos jogos de nível muito alto como a Libertadores. Fiz um grande jogo. Então, não vejo que isso vai ser uma coisa para atrapalhar. Creio que o campo fala por si só. Vim para dar o meu melhor, a disputa vai ser sadia e quem entrar em campo vai dar o seu melhor — comentou o próprio John em sua apresentação no CT Parque Gigante, no início do ano.
A exemplo do concorrente Keiller, John teve de ser emprestado para ganhar experiência. A estreia como profissional, inclusive, se deu com a camisa da rival Portuguesa Santista, em 2019, na Série A2 do Campeonato Paulista, quando entrou em campo 17 vezes.
No ano seguinte, de volta à Vila Belmiro, ganhou a titularidade a partir do momento em que o titular João Paulo foi acometido por covid-19. A sequência começou, curiosamente, em uma vitória por 2 a 0 contra o Inter de Abel Braga, chegou ao ápice na final da Libertadores, contra o Palmeiras, e terminou diante do Grêmio, após um empate por 3 a 3, na Arena.
— No jogo em Porto Alegre (contra o Grêmio), senti o John abatido, um pouco para baixo. Resolvi preservá-lo. É um grande goleiro, um grande ser humano, assim como João Paulo e Vladimir. Então, por esse motivo, eu e o preparador de goleiros resolvemos colocar o João. E é ele quem vai jogar até o fim do campeonato — disse o técnico Cuca, então no comando do Santos, em fevereiro de 2021.
Confira o histórico de John como profissional:
2022: Santos — 2 jogos e nenhum gol sofrido
2021: Santos — 11 jogos e 11 gols sofridos
2020: Santos — 15 jogos e 21 gols sofridos
2019: Portuguesa Santista — 17 jogos e 19 gols sofridos
Total: 45 jogos e 51 gols sofridos