A eliminação do Inter gerou confusão no gramado do Beira-Rio após o último pênalti batido pelo jogador do Caxias. Ao final da partida, jogadores de ambas as equipes brigaram no campo e torcedores do Colorado invadiram o espaço reservado aos atletas.
Um homem com uma criança de colo entrou no gramado e agrediu um jogador do Caxias pelas costas. O atleta, quando se virou, não chegou a revidar. Ele, mesmo com a menina nos braços, seguiu tentando bater. O homem também agrediu o repórter cinematográfico da RBS TV Gabriel Bolfoni. Depois, foi contido pelos seguranças.
Em Luque, para o sorteio da fase de grupos da Libertadores, o presidente Alessandro Barcellos se manifestou sobre o ocorrido, como já havia feito após a eliminação no domingo, ainda nas dependências do Beira-Rio.
— (Preciso) Repudiar tudo isso. O Inter não concorda com isso. Já estamos procedendo com a parte da identificação de todos que participaram das imagens que estão rodando. Já fizemos todo trabalho de encaminhamento para as autoridades e vamos suspender o acesso (do torcedor) a qualquer dependência do clube. É uma imagem triste da criança, precisamos trabalhar para que isso não aconteça mais. Temos vários processos de orientação, mas nada foi suficiente para conter esse sentimento passional que tomou conta de alguns torcedores — disse Barcellos ao SporTV.
Sobre os jogadores que se envolveram na confusão, o presidente colorado disse que eventuais punições serão tratadas internamente pelo clube.
— Houve uma conversa ontem (domingo) muito rápida. Foi uma eliminação complicada. Isso será retomado na reapresentação, vamos tratar isso de forma interna, mas nenhum tipo de briga pode ser justificada. Independentemente da razão, precisamos ser enérgicos para salientar isso.
A Polícia Civil já instaurou, nesta segunda-feira (27), dois inquéritos contra um torcedor do Inter que invadiu o gramado do Beira-Rio — com uma criança no colo — logo após o fim do jogo contra o Caxias pela semifinal do Gauchão na noite de domingo (26). O homem de 33 anos de idade é de Canoas, sócio do colorado e integrante de uma torcida organizada. O nome do pai ainda não foi divulgado pela polícia.
O torcedor não tinha antecedentes criminais e estava com a filha de três anos nos braços quando entrou no campo, agrediu um jogador do clube da Serra pelas costas e depois um cinegrafista do Grupo RBS.