Um dos principais alvos do Inter no mercado já está no Beira-Rio. Para a direção colorada, tão ou mais importante quanto contratar reforços é garantir a permanência do zagueiro Vitão, destaque da temporada 2022 e que tem contrato apenas até junho. Contudo, para adquirir em definitivo o defensor, o clube gaúcho adotou uma espécie de recuo estratégico e só deve definir o negócio mais perto do fim do vínculo.
Oficialmente, o Shakhtar não chegou a fazer uma pedida ao Inter pela venda em definitivo do zagueiro. Contudo, nos bastidores, os ucranianos mencionaram um valor na casa dos 10 milhões de euros, considerado impagável pelo clube gaúcho e encarado como uma sinalização de que os dirigentes do Leste Europeu não irão facilitar as tratativas.
Porém, também é levada em conta a incerteza da guerra na Ucrânia. Afinal, é altamente possível que a Fifa divulgue no primeiro semestre de 2023 uma nova normativa autorizando que os jogadores do futebol ucraniano assinem com qualquer outra equipe por mais seis meses ou um ano, em virtude do conflito, sem a necessidade de aval dos clubes daquele país. Foi assim, por exemplo, que Vitão atuou no Beira-Rio desde a sua chegada, em 2022.
Desta forma, não seria vantajoso para o Inter chegar a um acordo com o Shakhtar agora, se a transação fosse muito custosa aos cofres colorados. A tendência é de que o clube gaúcho aguarde a posição da Fifa sobre o tema.
Como Vitão tem contrato com os ucranianos até junho de 2024 e dificilmente renovará o vínculo, a tendência é de que o clube do Leste Europeu perca poder de barganha ao longo do tempo e, futuramente, aceite negociar o jogador por valores mais baixos. Afinal, em pouco mais de um ano e meio, o defensor ficará livre no mercado.
Sendo assim, a estratégia do Inter mudou um pouco em relação ao início das tratativas. No primeiro semestre, Vitão será aproveitado normalmente no Gauchão, na fase de grupos da Copa Libertadores, nas primeiras fases da Copa do Brasil e no início da Copa Libertadores, e o seu futuro só deve ser definido em meados de maio ou junho.
Caso a Fifa não divulgue uma nova normativa no meio do ano, aí a permanência de Vitão passaria a ser cada vez mais difícil. Afinal, o jogador está valorizado pelas boas atuações no Beira-Rio e tem mercado no futebol europeu.