Para continuar perseguindo o Palmeiras e manter vivo o sonho do título brasileiro, o Inter precisa superar o Coritiba, em jogo marcado para 18h de domingo, no Couto Pereira. A partida é válida pela 33ª rodada do Brasileirão. Entre as armas que os colorados apresentarão no Paraná estão a invencibilidade recente e o retrospecto impecável do técnico que comandará o time na beira do campo. E há um aspecto especial: dependendo da combinação de resultados, a equipe gaúcha poderá confirmar matematicamente classificação para a Libertadores 2023.
Como Mano Menezes está suspenso pelo terceiro cartão amarelo, o time terá na orientação o auxiliar Sidnei Lobo. Será seu terceiro jogo (e meio) como treinador principal. Até agora, tem 100% de aproveitamento (3 a 0 sobre o Atlético-MG, 4 a 0 em cima do Juventude e mais da metade do 1 a 0 contra o Avaí, depois da expulsão de Mano). O escudeiro do técnico colorado é um profissional bem conceituado no Beira-Rio e querido pelos atletas. Sua cumplicidade com o chefe é tamanha que houve até uma brincadeira na última entrevista. Ao ser questionado sobre quem optaria, entre Pedro Henrique e Wanderson, para enfrentar o Coritiba, o treinador respondeu:
— É uma pergunta para fazer ao Sidnei. Ele que vai decidir.
A dúvida no ataque, aliás, é o mistério do Inter para o jogo. Os demais 10 jogadores estão escalados: Keiller; Bustos, Vitão, Mercado e Renê; Johnny, Edenilson, De Pena e Alan Patrick; Alemão. Pedro Henrique e Wanderson disputam a última vaga, com vantagem, em tese, para o primeiro, que só não atuou na rodada passada por estar suspenso. Esta, aliás, é a situação de Taison e Liziero, que levaram o terceiro cartão amarelo diante do Botafogo. Além deles, o zagueiro Mercado e o meia Mauricio ainda não se recuperaram de lesão e só devem retornar ao time contra o Ceará, na quarta-feira.
Uma vantagem que o Inter pode ter é a preparação. Mano Menezes e Sidnei Lobo tiveram a semana inteira para montar a equipe, enquanto o Coritiba precisou recuperar na quinta-feira à noite a partida atrasada diante do São Paulo. Na qual, aliás, perdeu por 3 a 1. Foi a segunda derrota seguida do time de Guto Ferreira atuando fora de casa. Mas,ser no Couto Pereira, o cenário muda. Foram 32 dos 34 pontos do campeonato conquistados em frente à torcida. O fato de ainda olhar para baixo na tabela deixa o jogo mais difícil, segundo De Pena.
— Todo jogo é difícil, ainda mais fora, e o Coritiba está brigando para não cair, mas trabalhamos bem na semana e estamos focados. Vamos buscar os três pontos, que serão muito importantes para chegar ao final bem posicionados. Quando um time está brigando para não cair, faz de tudo para buscar três pontos — disse o meia uruguaio.
Quando entrar em campo, o Inter saberá a distância que terá de tirar para o Palmeiras. Os comandados de Abel Ferreira terão atuado no sábado à noite. Em casa, diante do Avaí. A lógica indica facilidade aos paulistas. Mas se retrospecto conta de alguma maneira, a esperança é que, no primeiro turno, esse confronto terminou empatado em 2 a 2. E se retrospecto conta mesmo, aí vai mais um dado para empolgar os colorados: o Inter está invicto no Couto Pereira desde 2012. Consegue manter em 2022?
— Precisamos ter constância, trabalhar cada dia, jogar fora e em casa da mesma forma. Estamos fazendo jogos bons no Beira-Rio e sendo inteligentes longe daqui. É assim que vamos buscar os objetivos — finalizou De Pena.
Sobre o objetivo, aliás, o jogo já pode valer confirmação na Libertadores do ano que vem independentemente do que ocorra no futebol brasileiro até o final da temporada. O Inter estará na principal competição do continente se a vitória for acompanhada de derrota do Atlético-MG para o Fortaleza no Ceará e empate ou derrota do América-MG para o Flamengo em Belo Horizonte. E isso levando em conta apenas o G-6, sem nem precisar que aumente o número de classificados pelo Brasileirão.