O título inédito do Brasileirão Feminino. É essa a obsessão das Gurias Coloradas nesta temporada. Com uma campanha sólida desde o início do campeonato, chegaram às quartas de final e eliminaram o Flamengo, com um placar agregado de 4 a 2. Agora, o adversário será o São Paulo, por uma vaga na grande final.
Na última temporada, o time gaúcho também classificou-se a esta fase do Brasileirão. No entanto, acabou tropeçando diante do Palmeiras e despedindo-se da competição com a quarta melhor campanha. Em 2022, a meta é ir além.
— No ano passado, chegamos às semifinais. Tínhamos o objetivo de chegar à final, mas não conseguimos e ficou aquele gosto amargo. Este ano temos mais uma oportunidade de chegar no lugar mais alto de sua história. Este ano podemos marcar ainda mais chegando em uma final inédita e, por que não, no título — almeja a capitã Bruna Benites, em entrevista ao Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha.
Na primeira fase, deu Inter. No Beira-Rio, as Gurias Coloradas receberam o tricolor paulista e venceram por 2 a 0, com gols de Millene Fernandes e Bruna Benites. A zagueira, no entanto, avalia que isso não deve ser levado em consideração nos mata-matas.
— Não pensamos muito no jogo da primeira fase. Agora é outra realidade. No mata-mata é outro campeonato. Serão dois jogos decisivos, onde não teremos margem para erro. Espero que no domingo seja um jogo bastante intenso. O São Paulo marca pressão, é vertical e tem atletas velozes. Isso acaba deixando o nosso jogo mais confortável. O São Paulo joga e deixa jogar, diferente do Flamengo, que é mais físico. Vai ser um jogo bonito de se ver — explica a atleta.
Para buscar a vantagem na partida de ida, o Inter contará com o torcedor. O check-in abre nesta quinta-feira (25) e será necessário apenas 1 kg de alimento não-perecível para que os colorados ingressem no Beira-Rio no domingo, às 11h. A expectativa é superar o público de 5 mil pessoas que esteve na final do Gauchão Feminino, em 2017, e foi o recorde das Gurias Coloradas desde a reabertura do departamento feminino.
— É sempre bom estar perto do torcedor. Meu desejo não era de que a gente batesse o recorde do Inter, mas sim o do futebol feminino brasileiro. Seria uma honra muito importante para nós, mas isso é gradativo. Vai tudo estar conspirando para que seja um belo espetáculo. A minha torcida é para que sempre, em todos os jogos do futebol feminino, se tenha um grande público. Isso é muito importante para nós — diz a atleta.