Após o empate por 1 a 1 com o Ceará, neste sábado (2), a direção do Inter protestou contra a arbitragem. Em entrevista à Rádio Gaúcha, neste domingo (3), o presidente Alessandro Barcellos reclamou da falta de critério do árbitro Rodolpho Toski Marques no pênalti para o time cearense e de duas alegadas penalidades não marcadas em favor dos colorados.
— Não quero ficar lamentando, mas estou preocupado com o nível da arbitragem do Brasileirão, que é de ruim para péssimo. O juiz picotou o jogo o tempo todo. Foram dois lances de pênalti a nosso favor, no Caio Vidal e no Liziero, que, no mínimo, tinham que ser avaliados. No pênalti contra nós, o nosso goleiro toca na bola e o lance sequer foi visto pelo VAR. É um descritério — protestou Barcellos, em entrevista ao ''Domingo Esporte Show".
O presidente reclamou ainda da diferença radical de critérios das arbitragens no Brasileirão e na Copa Sul-Americana.
— Tivemos um jogo contra o Colo-Colo, na terça, que foi solto, com o “pau correndo livre”. Aí, contra o Ceará, o árbitro não passa três minutos sem marcar uma falta. É importante fazermos uma reflexão sobre isso — ponderou.
Alessandro Barcellos defendeu ainda a estratégia adotada por Mano Menezes de preservar os titulares na partida contra o Ceará, que terminou em empate por 1 a 1.
— Foi uma questão de necessidade. O Mano expressou bem (na entrevista coletiva pós-jogo) o planejamento que tínhamos. Após a derrota contra o Botafogo, algumas mudanças aconteceram e buscamos a vitória contra o Coritba com a equipe atuando no máximo. No Chile, tivemos dificuldades médicas como a não utilização do De Pena e a saída do Renê. Portanto, houve necessidade de usar o grupo. E ainda assim, a partida contra o Ceará poderia ter tido resultado diferente. Não que tenha sido injusto, mas tivemos momentos com a chance de virar o jogo. Tivemos ainda aparições importantes, como Kaique Rocha, Lizeiro e a volta do Taison, que precisava de ritmo de jogo e fez boa partida. Isso é importante para o grupo se afirmar — finalizou.
O presidente afirmou ainda que o Inter está trabalhando de forma especial na motivação dos atletas para o jogo contra o Colo-Colo, na terça (4), pela Sul-Americana, no qual o Colorado precisará vencer por pelo menos três gols de diferença para conquistar a vaga nas quartas de final no tempo normal.
— Estamos trabalhando essa mobilização nas mais diversas áreas para conseguirmos reverter o resultado. O próprio grupo saiu do jogo contra o Colo-Colo se autodeterminando a buscar essa classificação. O fato é que o vestiário já está com este ambiente importante de mobilização. É difícil, pois, infelizmente, saímos com desvantagem de dois gols, mas, assim como existe um grau de dificuldade, existe também um grau de confiança — completou.
Inter e Colo-Colo enfrentam-se nesta terça (5), às 21h30min, no Beira-Rio. Como perdeu o jogo de ida, no Chile, o Colorado precisa vencer por no mínimo três gols de diferença para ganhar a vaga nas quartas no tempo normal. Já uma vitória colorada por dois gols levará a decisão para os pênaltis. Qualquer outro placar, por sua vez, dará classificação aos chilenos.