Sob muita pressão depois do empate por 1 a 1 com Guaireña, pela Sul-Americana, o Inter se reapresentou nesta sexta-feira (15). O técnico Alexander Medina chegou normalmente para comandar o treino no gramado do CT Parque Gigante, porém seu futuro é debatido nos gabinetes pelos dirigentes.
Uma conversa entre os integrantes do departamento de futebol, marcada para o início da tarde, deve definir se o trabalho do treinador terá continuidade ou será interrompido. Além da reunião entre os profissionais do vestiário junto ao presidente Alessandro Barcellos, há também uma expectativa de um encontro entre os membros do Conselho de Gestão. A cúpula é formada por dirigentes políticos e conselheiros do clube.
Após o apito final, ainda no vestiário do Beira-Rio, houve uma primeira reunião entre os dirigentes que comandam o futebol colorado. O diálogo não gerou uma definição sobre a situação do técnico uruguaio. Uma das correntes do vestiário entende que a demissão de Medina não resolveria os problemas e que ele, por ter liderança e apoio dos atletas, pode reverter o cenário.
Dois pontos pautam o debate interno do clube: a pressão dos resultados e da torcida, que jogam contra o treinador, e a possibilidade de evolução do time a partir do ingresso dos reforços contratados, um trunfo utilizado por Medina na entrevista coletiva após a partida. Se optar pela demissão, o Inter terá de pagar uma multa de R$ 7 milhões ao treinador. O valor foi estipulado na contratação do técnico, que tem contrato até o fim de 2022.
Durante toda a manhã, uma viatura da Brigada Militar com três policiais ficou de prontidão na entrada do CT Parque Gigante para inibir protesto ou qualquer tentativa de contato com os jogadores.
*Colaborou Bruno Flores