Correção: Medina é o 11º técnico que ficou por menos tempo no cargo no Inter e não o 10º, como publicado entre 16h e 17h de 15 de abril. O texto original foi corrigido.
Escolha o critério, crie uma fórmula, faça a média, multiplique por dois e divida por cinco e, na frieza dos números, Alexander Medina estará entre os treinadores com pior desempenho no Inter nos últimos 15 anos. Alguns nomes criticados com força pelo torcedor tiveram aproveitamento melhor do que o do uruguaio. Outros, apesar dos pesares, duraram mais tempo do que os 109 dias de Medina, encerrados nesta sexta-feira (15).
Mesmo com muitos nomes questionáveis em um período em que o clube passou pela Série B, Medina teve, na matemática, um trabalho abaixo de média. Desde 26 de abril de 2007, quando Alexandre Gallo iniciou sua efêmera passagem pelo Beira-Rio, 25 trabalhos diferentes foram desenvolvidos no clube.
Mais do que treinar o time, estar à frente do Inter é prova de sobrevivência. A média de permanência é de 209 dias e a de aproveitamento é de 53,9%. O treinador voltará para o Uruguai com índices inferiores nos dois quesitos. Nos 109 dias no cargo, Medina conquistou 47% dos pontos.
Gallo, campeão da Recopa Sul-Americana, é um bom parâmetro de comparação. Ele ficou 107 dias no comando e teve aproveitamento de 47,6%. Um pouco menos de tempo, um pouco mais de desempenho.
Ainda assim, Medina está longe das piores colocações. Dez passagens (Abel, Gallo, Miguel Ramírez, Falcão, Roth, Mário Sérgio, Clemer, Zé Ricardo, Falcão, de novo, e Lisca) foram mais curtas do que a encerrada nesta sexta-feira.
O recorde negativo é de Lisca. Contratado para tentar fazer o clube escapar do rebaixamento em 2016, ele ficou 23 dias no cargo, três a menos do que Falcão no mesmo ano. A diferença é que Lisca foi chamado em um contrato emergencial para ficar um período curto.
Técnicos de menor duração no cargo no Inter nos últimos 15 anos
- Lisca (2016): 23 dias
- Falcão (2016): 26 dias
- Zé Ricardo (2019): 48 dias
- Clemer (2013): 57 dias
- Mário Sérgio (2009): 61 dias
- Celso Roth (2016): 99 dias
- Falcão (2011): 100 dias
- Miguel Ángel Ramírez (2021): 101 dias
- Gallo (2007): 107 dias
- Abel Braga (2021): 107 dias
- Medina (2022): 109 dias
Em relação ao aproveitamento, os 47% do uruguaio ficam à frente somente de outros sete trabalhos: Fernandão (44,8%), Lisca (44,4%), Zé Ricardo (45,5%), Diego Aguirre em 2021 (42,8%), Celso Roth em 2016 (36%), Clemer (35,8%) e Falcão (13%).
Dorival Júnior (379 dias), Abel Braga em 2014 (383 dias), Tite (480 dias) e o campeão Odair Hellmann (684 dias) ajudam a elevar a média de longevidade dos treinadores.
Em relação ao aproveitamento, o G-4 tem Abel Braga e Celso Roth. Abel alcançou 70,3% em 2020/21, 65,5% em 2014, 63,5% em 2007/08 e Roth teve em 2010/11 61,9%.
A seguir, confira um resumo do prazo de validade e do aproveitamento dos trabalhos desenvolvidos pelos treinadores no Inter nos últimos 15 anos.