Apresentado na manhã desta quarta-feira (20) como novo treinador do Inter, Mano Menezes vê o planejamento da base como algo que deve fazer parte de um amplo projeto do clube. Ao ser questionado sobre o aproveitamento dos garotos, ele ressaltou a nova configuração do departamento de futebol com as chegadas do executivo William Thomas e do diretor técnico Paulo Autuori.
— Tenho uma teoria baseado na experiência e no que vivemos que de 60% a 70% dos jogadores são muito parecidos no mercado brasileiro. Para não contratarmos os jogadores parecidos, precisamos usar a base. Ao fazer isso, temos a capacidade de guardar dinheiro para ter a capacidade de disputar grandes jogadores. Temos que fazer um projeto de aproveitamento para esses jogadores que promovemos. Porque se é o primeiro ano do jogador da base é o terceiro da posição, no próximo ano tem que ser o segundo. Mas nós temos que trabalhar nessa evolução para ele ser o segundo. Se contratarmos para a posição, estaremos tirando o espaço dele — disse ao avaliar como deve ser feito o aproveitamento da base.
Mano Menezes seguiu admitindo que erros podem acontecer, mas que isso não pode ser justificativa. Ele admitiu o compromisso de minimizar esses erros no trabalho conjunto com o comando do departamento de futebol.
— Por isso o Inter está montando um departamento de futebol capaz de tomar essas decisões para caminharmos na mesma direção. Erros irão acontecer porque existe um lado subjetivo no futebol, mas isso não pode ser desculpa para tudo e os erros não podem ser bastante grande. É para isso que nos sentimos preparados para fazer bem.
Mano Menezes trabalhou na base do Inter no começo dos anos 2000. Entre os jogadores formados no clube que foram comandados por ele estão Nilmar, Daniel Carvalho e Chiquinho.