Mais do que falar sobre o jogo do Inter contra o Aimoré neste domingo (6), o técnico Alexander Medina, em sua entrevista coletiva, fez uma análise do seu trabalho no clube e o momento de instabilidade que vive. A vitória por 1 a 0 encerrou uma sequência de três jogos sem vitória, entre eles a derrota para o Globo-RN, que culminou na eliminação colorada na Copa do Brasil.
O jogo no Beira-Rio foi marcado pelas vaias da torcida do primeiro ao último minuto de jogo. Nem os três pontos e um lugar no G-4 do Gauchão arrefeceram as críticas dos torcedores. Com atuações ainda longe do ideal, o técnico uruguaio analisou o estágio em que está o seu trabalho no clube.
— Espero que a melhor versão apareça o quanto antes. Temos 50 dias de trabalho, é muito pouco. É um processo que não se pode dizer quanto tempo levará, mas vamos melhorando através dos resultados, que dão confiança. Confio no trabalho. Internamente no clube há uma valorização do trabalho diário. Às vezes é preciso ter paciência para que as coisas mudem de rumo — comentou.
Em 10 partidas à frente da equipe colorada, Medina contabiliza quatro vitórias, três empates e três derrotas.
A torcida se mostrou insatisfeita a todo instante. Medina, ao menos no discurso, disse estar contente com diversos pontos de sua equipe. Ele acredita que sua equipe seja criativa. Na sua avaliação, o que falta ao time é uma maior verticalidade.
— Estou contente com vários aspectos (do time), principalmente por tentar jogar, tentar criar, tentar jogar no campo do rival e controlar o jogo. A equipe rival só chutou em um escanteio. Faltou ser um pouco mais pulsante, ser mais agressivo, ter mais velocidade para finalizar jogada.
No decorrer de sua entrevista, ele voltou a demonstrar preocupação com a falta de jogadores mais verticais no elenco. Porém, citou que há uma boa gama de atletas que considera criativos, como Taison, Mauricio e D´Alessandro.
O Inter volta a campo na quarta-feira (9) para enfrentar o Grêmio. A partida é válida pela nona rodada do Gauchão.