Apontado como favorito, em um primeiro momento, para comandar o Inter a partir de 2022, Paulo Sousa esteve próximo de acertar com o clube. Porém, por dois motivos, o interesse pelo atual técnico da seleção polonesa foi reduzido: a concorrência com o Flamengo e também a rescisão do profissional do vínculo atual. Com isso, as conversas com Alexander Medina foram intensificadas.
O treinador europeu foi recomendado pelo Centro de Análise e Prospecção de Atletas (Capa) como o ideal para comandar a equipe no momento. Apesar das tratativas com Medina e Domínguez, o cartaz pelo profissional internamente foi levado em consideração. Por isso, o próprio departamento de futebol, mesmo mantendo contato com outros profissionais, priorizou a fala com o português pela maior bagagem na carreira.
Em um primeiro momento, o interesse flamenguista afastou o Colorado. Por isso, o mercado sul-americano foi monitorado. O conceito de buscar um técnico estrangeiro é defendido por dirigentes para tentar equiparar as forças com os principais investimentos do país, já que as finanças no Beira-Rio ainda estão sendo recuperadas. Logo, a forma do time atuar deverá ser diferente para tentar conquistar títulos, segundo relata a cúpula diretiva.
Pela insistência dos cariocas em Jorge Jesus, o Inter fez mais uma investida por Paulo Sousa. A sinalização do estafe foi positiva e, por isso, o acerto esteve próximo. O Flamengo, que não obteve a liberação do campeão da América de 2019, viu o seu "plano B" se aproximar de um concorrente brasileiro. Logo, com o aviso do estafe do profissional, optou por voltar ao negócio. O Colorado, mais uma vez, viu a concorrência pesada e preferiu se afastar definitivamente.
Desta forma, Alexander Medina que tinha sido deixado em compasso de espera, por questões salariais, já que a pedida tinha sido elevada pelo interesse dos argentinos Talleres e San Lorenzo, voltou à tona. Além da remuneração, o tempo de vínculo preocupava os gaúchos, mas tudo foi ajustado, conforme as partes.
Multa polonesa preocupava
Outra questão que também pesou para impedir a investida colorada foi a promessa da federação polonesa de futebol de impedir a transferência. Há o temor de que os europeus levem o assunto para esferas superiores:
— Hoje fui informado pelo Paulo Sousa que queria rescindir o contrato por causa de uma oferta de outro clube. Este é um comportamento extremamente irresponsável, inconsistente com as declarações anteriores do treinador. Portanto, recusei firmemente — disse Cezary Kulesza, presidente da federação polonesa de futebol, no Twitter.
Além da complicação jurídica, o Inter se preocupou com os valores. A quantia, segundo a imprensa do Rio de Janeiro, deverá ser paga pelo profissional, mas diluída no decorrer do contrato com o Flamengo. O Inter não iria assumir um acréscimo nos vencimentos do treinador, além do pagamento mensal.