Está definido: a final do Gauchão Feminino será Gre-Nal. No próximo dia 5, Gremistas e Coloradas se enfrentarão na Arena Cruzeiro, em Cachoeirinha, buscando o título da competição estadual.
Com três troféus nas últimas quatro decisões — 2017, 2019 e 2020 —, as comandadas do técnico Maurício Salgado defendem uma invencibilidade que já dura 10 jogos no clássico. A última — e única derrota desde a reabertura do departamento — foi no primeiro Gre-Nal, em 3 de dezembro de 2017, quando perderam por 2 a 0. De lá para cá, são sete vitórias e três empates.
Para manter a hegemonia sobre as rivais, as Gurias Coloradas contarão com algumas peças importantes, que costumeiramente se destacam no clássico. Além de, claro, jovens revelações que podem fazer a diferença.
Fabi Simões
Não é à toa que seu apelido é "mulher Gre-Nal". No primeiro clássico que disputou já marcou três vezes: hat-trick de Fabi Simões na vitória por 4 a 0 no Gauchão de 2019. De lá para cá, esteve em campo em outros cinco Gre-Nais e só não marcou em dois deles.
Fabi Simões é a atual artilheira do Inter na temporada, com 15 gols, e a atleta que mais vezes balançou as redes no Gre-Nal. Inclusive, acumula mais gols do que jogos: sete em seis partidas. Decisiva, Fabi não sente o peso do clássico e pode fazer a diferença na final.
Mileninha
Com apenas 18 anos ela estreou no Gre-Nal. Aliás, mais do que estrear, foi o diferencial do último clássico. Iniciando no banco de reservas, Mileninha foi chamada por Maurício Salgado aos 37 minutos do segundo tempo, quando a partida estava empatada em 1 a 1.
Foi para o jogo. E precisou de apenas três minutos para balançar as redes. Mileninha foi a responsável pelo segundo gol do Inter no Gre-Nal do Brasileirão Feminino. Não sentiu o peso do clássico e garantiu os três pontos. Mais uma vez, deve começar entre as reservas, mas já deixou explícito que isso não é empecilho para que chame a responsabilidade.
Djeni
Essa é decisiva por natureza. Se resgatarmos os jogos recentes, foi Djeni que marcou o gol sobre o São Paulo, na derrota por 2 a 1, pelas quartas de final do Brasileirão Feminino. O tento veio aos 47 da etapa complementar, foi muito comemorado pelas companheiras e apontado por Maurício Salgado como o ponto chave para a virada na partida de volta — o que, realmente, aconteceu.
— O fato de ter saído (o gol) nos motiva, nos deixa totalmente vivos na briga. O gol foi fundamental — disse o técnico, à época.
Djeni já disputou três Gre-Nais e fez um gol — no clássico que decidiu o Estadual de 2020, inclusive. Marcou de falta neste Estadual e, também, pode fazer a diferença na bola parada.
Shashá
A única atleta que disputou todos os Gre-Nais desde que os departamentos femininos foram reabertos. Shashá jogou no Grêmio em 2017 e esteve presente na única vitória do Tricolor sobre o Colorado nestes quatro anos. Depois, em 2018, transferiu-se para o Inter e nunca mais perdeu o clássico.
Na partida de volta da semifinal, sobre o Brasil-Far, fez um golaço de fora da área, chamando a atenção dos adversários para suas finalizações de longa distância. A seu favor, a experiência de conhecer muito bem o Gre-Nal, estar entrosada com o time colorado e, claro, a lei do ex.
Priscila
Assim como Mileninha, não deve começar entre as titulares. Mas esse não foi um problema para ela neste Gauchão Feminino. Vice-artilheira do Estadual, com 10 gols — junto com Pri Back —, ela disputou seis partidas e começou apenas uma entre as titulares.
Reforço para a disputa do Gauchão Feminino, Priscila fará sua estreia no Gre-Nal. Se conseguir demonstrar o bom futebol das últimas seis partidas pode fazer a diferença e ajudar as Coloradas a conquistarem o quarto título em cinco anos.