O gol de Edenilson no último minuto da partida contra o Fortaleza garantiu ao Inter a possibilidade de seguir lutando por uma vaga no G-6 do Brasileirão. Embora ainda dependa de resultados paralelos, o Colorado pode ingressar na zona de classificação a Libertadores já na próxima rodada.
Porém, mesmo que alcance este objetivo, a missão da temporada não estará concluída no Beira-Rio. O técnico Diego Aguirre continua tendo três desafios imediatos à frente da equipe.
1) Jogo propositivo
Mesmo que tenha saído em defesa do sistema com dois volantes à frente da área, atribuindo a Rodrigo Dourado a função de armador, Aguirre sabe que precisa solucionar as dificuldades de criação ofensiva. O gol contra o Fortaleza, por exemplo, só saiu depois que ele abriu mão da figura de Rodrigo Lindoso.
Diante do Bahia, no próximo domingo (26), o cenário deve ser este: o adversário fechado na defesa, exigindo do Inter uma postura mais agressiva de seus homens de frente.
2) Pressão da tabela
Além da questão tática, o treinador colorado precisará trabalhar o fator mental de sua equipe. É preciso ter cuidado para que a proximidade com o G-6 não traga uma pressão desmedida sobre o vestiário, que acabe atrapalhando o desempenho dentro de campo.
3) Meritocracia no elenco
Apesar da sequência de sete rodadas sem derrotas, dois jogadores têm tido suas atuações contestadas por parte da imprensa e torcida. Casualmente, eles atuam pelo lado esquerdo do campo: o lateral Moisés e o meia Patrick. As cobranças fizeram com que Aguirre saísse em defesa de ambos pós a vitória sobre o Fortaleza:
— Acho que o Moisés fez um bom jogo, fechou o seu lugar, cumpriu. Patrick trabalhou bem também. Somos um time. Não posso separar o lado esquerdo do direito. Antes, falavam dos problemas defensivos. Hoje, o Inter está defendendo muito bem. Quantos gols sofremos nos últimos jogos? Muito poucos.
É natural que o treinador tenha alguns jogadores de sua confiança. Entretanto, é preciso cuidar para que a meritocracia do elenco não seja ferida, impedindo que outros jogadores vivam seus próprios momentos e briguem pela titularidade.