O resultado obtido diante do América-MG, neste domingo (27), não fez o Inter melhorar sua condição na tabela do Brasileirão: em 13º lugar. Porém, o empate buscado em Belo Horizonte ajudou Diego Aguirre a se manter invicto no comando da equipe colorada, com quatro pontos conquistados em nove disputados.
— O professor tem nos passado isso, de sair de cada jogo com a sensação de que deixamos tudo em campo e fazer de tudo para conseguir a vitória. Tenho certeza que o ponto de hoje (domingo) vai ser importante no final do campeonato — disse Edenilson na saída de campo.
O camisa 8, aliás, foi um dos personagens da jornada no Independência. Preservado no início do jogo, foi mandado a campo no intervalo junto de Yuri Alberto e, ao tabelar com o atacante, serviu o volante Rodrigo Dourado, que deixou tudo igual no placar: 1 a 1.
— Sabemos que temos muitos jogos pela frente. Então, a ideia foi cuidar um pouco do Yuri (Alberto) e do Edenilson para que entrassem no segundo tempo, como aconteceu. Temos nove jogadores no departamento médico. É um momento muito delicado para assumir um risco desnecessário. Às vezes, temos que tomar alguma decisão que não gostaríamos, mas o calendário é muito exigente. Teremos agora quatro jogos em 10 dias e não quero mais jogadores machucados — explicou Aguirre.
Mas, como se não bastasse o fato de ter contribuído na construção do gol, Edenilson ainda foi fundamental para manter o empate. Nos acréscimos, Daniel levou uma bolada no rosto e, como ficou tonto, deixou o campo acompanhado pelos médicos. Com todas as substituições já realizadas, o volante teve de se transformar em goleiro.
— A situação foi realmente atípica, mas no Genoa eu já tinha ido para o gol. Hoje (domingo) veio menos bola até, mas eu já tive esta experiência. Então, fui tranquilo — comentou ele.
Apesar dos sorrisos e do alívio após a partida, os minutos finais foram de tensão para a torcida colorada. Com um goleiro improvisado, os cruzamentos para a área se intensificaram. Foi através desta arma que o América-MG mais criou oportunidades, explorando os cabeceios de Ribamar. O centroavante balançou as redes duas vezes, mas no segundo gol o VAR denunciou um toque no braço de Alan Ruschel, na origem da jogada.
— É verdade que temos algumas dificuldades na bola aérea defensiva e temos que tentar melhorar. Temos que trabalhar e não temos muito tempo. Às vezes você faz muito esforço, merece ganhar o jogo, toma um gol de bola parada e pode perder em uma situação pontual. Então, é uma das coisas que temos que continuar trabalhando. Temos muitas ideias e, aos poucos, vamos implementá-las — avaliou o comandante colorado.
O uruguaio está ciente das dificuldades que terá pela frente. Tão logo desembarcará em Porto Alegre, na tarde desta segunda-feira (28), a delegação vai para o CT Parque Gigante treinar. Na próxima quarta, o desafio é contra o Palmeiras, atual terceiro colocado.
— Não é fácil, porque temos muitas coisas a fazer e talvez não tenhamos tempo. O Campeonato Brasileiro é muito longo, tem muitas rodadas pela frente e agora temos uma sequência de quatro jogos com rivais diretos, que têm o mesmo objetivo que a gente. Nós tentamos dar nossa ideia ao time, mas temos que ir devagar. Não podemos mudar muita coisa. Confio que jogo a jogo o Inter vai melhorar — concluiu o treinador.
Para este duelo, ele poderá contar com o retorno de Caio Vidal, que cumpriu suspensão. Daniel, que se queixou de tonturas e visão turva, ainda será avaliado. E, claro, resta saber quais serão os próximos preservados para encarar esta maratona de jogos em sequência.