O Inter completou diante do Sport três jogos sem vencer. Apesar de ter marcado 2 a 0, o time comandado por Miguel Ángel Ramírez desperdiçou chances de definir o resultado e permitiu a reação do adversário, o que preocupa cada vez mais os torcedores colorados.
A força ofensiva na temporada tem uma boa média de gols. São 44 assinalados em 22 partidas disputadas. Mas mesmo com dois gols feitos por jogo, o time tem enfrentado dificuldades para marcar. Contra o Always Ready, por exemplo, apesar de finalizar mais de 20 vezes o placar terminou zerado.
Os goleadores do time são Thiago Galhardo e Yuri Alberto, com nove e sete gols, respectivamente, seguidos de Edenilson, que já balançou as redes em cinco oportunidades.
Ramírez já experimentou algumas formações ofensivas no time e ainda não conseguiu encontrar a ideal. Se Caio Vidal, Palacios, Maurício e Patrick disputam duas vagas nas chamadas extremas, a briga no comando do ataque está entre Galhardo, Yuri e o peruano Paolo Guerrero, que tem apenas um gol em sete atuações.
Como tem por hábito alterar o time a cada partida, independente de circunstâncias de lesões ou suspensões, o treinador espanhol não tem definido o seu centroavante, por exemplo. E a justificativa é exatamente o fato de que ele gosta de escalar sua equipe de acordo com o que planeja para cada adversário.
— Eles (Yuri e Galhardo) já jogaram juntos algumas partidas. Yuri nos dá essa polivalência, pode começar pelo lado e terminar por dentro. É algo importante para ocupação de espaços. Eu, sinceramente, não sei qual sistema nosso ataque será montado. Se fixa muito em sistemas, 4-3-3, 4-4-2, mas tudo depende dos espaços. E o Yuri aproveita isso muito bem, e se complementa com Thiago [Galhardo]. Vamos ter partidas com eles juntos, sim— ponderou Ramírez após a vitória na segunda semifinal do Gauchão diante do Juventude, quando a dupla atuou junta por 25 minutos.
Porém, esta parece não ser a maior preocupação do treinador que deverá manter o "rodízio" no ataque nos próximos compromissos. Segundo o espanhol, principal é gerar chances de marcar.
— O que me preocupa é que criemos. Quando o time não gera situações, me preocupa. Se falhar no gol, no último passe, são coisas do jogo. Mas trabalhamos para gerar situações, para chegar ao gol rival— já declarou em algumas entrevistas ao ser questionado sobre a peça ofensiva.
Confira os números de Thiago Galhardo e Yuri Alberto na temporada:
Thiago Galhardo
17 jogos
9 gols marcados (média de 0,52)
917 minutos em campo (média de um gol a cada 101 minutos)
Yuri Alberto
19 jogos
7 gols marcados (média de 0,36)
924 minutos em campo (média de um gol a cada 132 minutos)