Eu já tinha ouvido de um amigo flamenguista: “Fiquem espertos no dia que ele resolver ir embora". Relevei, até porque a mágoa do rubro-negro poderia ser uma consequência natural da baixa produtividade de Guerrero quando atuou na Gávea, ainda mais se comparada a sua passagem pelo Corinthians.
Ao que parece, meu amigo estava certo. A forma como tudo está acontecendo é a pior possível. E deixa triste quem mais idolatrou o jogador enquanto ele esteve aqui: a torcida colorada. Será que realmente precisava ser assim?
Quando assuntos importantes como detalhes de uma relação profissional entre um jogador campeão do mundo com um clube campeão do mundo vazam para a imprensa, é óbvio de que há algum interesse paralelo nisso. No caso específico de Guerrero, não é a primeira vez que ele sai de um clube deixando bem abalada a relação. Nem a segunda. Precisava pela terceira vez ser assim?
É respeitável, admirável e inquestionável o patamar que Paolo Guerrero atingiu no futebol mundial. Um ícone do esporte, ídolo internacional. Sempre foi um orgulho ver ele vestido com nosso manto. Mas nem ele, nem ninguém, será maior do que o próprio clube. Se não há mais intenção em ficar, que se efetive a saída da forma correta, com respeito pela instituição e pela torcida que lhe estenderam a mão no pior momento de sua carreira. Se for pra sair, Paolo, saia pela porta da frente.