Após registrar o maior déficit da história, o departamento de futebol do Inter trabalha para diminuir as contas e competir na temporada com um orçamento reduzido em R$ 20 milhões. Além do corte de gastos no futebol, o clube também anunciou, na tarde da última quarta-feira (7) a demissão de 60 funcionários de todas as áreas.
— Desde que a atual gestão assumiu, algumas ações vêm sendo tomadas. Renegociação de contratos, redução de custos de toda ordem e, infelizmente, medidas mais duram também precisavam ser tomadas. Tivemos um dia muito difícil. Foi um dia que não nos traz satisfação. Ninguém gosta de desligar pessoas, mas, infelizmente, era um momento que precisava desse tipo de ação — afirmou o CEO do Inter, Giovane Zanardo.
A partir de agora, os efeitos também devem aparecer no elenco colorado. Já foi dito publicamente pelos integrantes do departamento de futebol do Inter que jogadores serão negociados na janela de transferência do meio da temporada. Prevendo uma arrecadação de R$ 90 milhões em receitas extraordinárias (negociações e premiações), a saída de alguns integrantes do plantel não é um desejo, mas uma necessidade.
— Temos um planejamento para a temporada inteira. Não temos pressa para desmontar ou remontar algo no grupo de jogadores, nesse momento. Não vamos fazer um leilão dos nossos atletas. Porém, existe a necessidade de arrecadarmos R$ 90 milhões nesta temporada para que possamos zerar o déficit de 2020. Não há como prever quem será negociado ou quem sairá, isso dependerá das propostas — afirmou o presidente Alessandro Barcellos.
Questionado sobre possíveis rescisões contratuais de alguns atletas do grupo principal, o mandatário colorado explica que não é tão simples "cortar" um jogador. Além disso, ressalta que todos os jogadores estão sob observação de Miguel Ángel Ramírez.
— Não faremos cortes de jogadores. Isso não existe. Os atletas estão sob contrato, têm um vínculo com o clube. Se houver interesse de outras equipes, sentaremos para conversar e negociar. As rescisões que eram mais complicadas foram feitas (Zeca, Uendel, Natanael e Dudu) — explicou.
A crise financeira no clube impacta diretamente também nas contratações. O Inter reforça que os investimentos serão limitados e que não fará grandes investimentos para as disputas da Copa do Brasil, Libertadores e Brasileirão.