O Vasco pediu, nesta terça-feira (16), a impugnação da partida do último domingo (14) contra o Inter. A diretoria carioca reuniu documentos e enviou ao Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), cumprindo a promessa que havia feito logo após a derrota por 2 a 0 para o Colorado.
O clube carioca reclama que o primeiro gol colorado, marcado por Rodrigo Dourado, não pôde ser revisado pelo VAR. Na hora do lance, o sistema que mapeia o gramado e traça as linhas que verificam o impedimento não estava funcionando. A falha foi admitida pela empresa Hawk-Eye, responsável pelo software que disponibiliza as linhas de impedimento.
O STJD confirmou ter recebido o pedido vascaíno e apresentou detalhes sobre o documento.
"O Vasco destaca que houve erro de direito e pede que seja remarcada a partida entre as equipes com o perfeito funcionamento do VAR (árbitro de vídeo)", explica o STJD, confirmando que o pedido foi encaminhado para o presidente do colegiado, Otávio Noronha.
"No documento o Vasco inicia citando que o árbitro de vídeo atuou em 17 oportunidades em campo que lhe eram favoráveis no campeonato, mas foi incapaz de cumprir sua missão em tantas outras oportunidades que lhe causaram enormes prejuízos na partida contra o Bahia e mais recentemente contra o Internacional, em que um descalibrado sistema de VAR determinou os rumos da partida ainda logo nos minutos iniciais", prossegue o site do órgão jurídico, revelando mais detalhes do documento assinado pela diretoria do Vasco.
Confiança no arquivamento
o Inter acredita que não há qualquer chance de a partida ser impugnada pelo STJD. Segundo o vice jurídico Guilherme Mallet, o clube do Rio de Janeiro não terá sucesso nos tribunais. Especialista consultado por GZH, também acredita não haver jurisprudência sobre o tema para que o confronto seja anulado.
— Confiamos em arquivamento imediato de qualquer pedido de impugnação que venha a ameaçar a segurança jurídica do campeonato — disse Mallet a GZH, no começo da tarde desta terça.
A argumentação do Inter é de que o próprio regulamento da CBF para a competição já prevê que, em caso de indisponibilidade do árbitro de vídeo, a decisão do juiz de campo prevalece. O dirigente crê que o gol de Dourado foi legal. Assim, a reclamação carioca não seria aceita.