Não haverá presente maior a Abel Braga por sua histórica marca do que voltar do Rio de Janeiro ainda na liderança do Brasileirão. Para isso, precisará sair de São Januário com pelo menos o mesmo resultado que o Flamengo obtiver no Maracanã, diante do Corinthians.
Ou seja, para não depender de nada, só vencendo o Vasco, desesperado na luta contra o rebaixamento. As duas partidas começam às 16h, separadas por menos de cinco quilômetros.
Se não quiser olhar para o estádio vizinho, o Inter precisa fazer sua parte. E terá como desafio fazer algo ainda inédito no Brasileirão: vencer sem Patrick, suspenso. Quando não contou com o jogador, teve três derrotas e um empate. Seu substituto é o grande mistério da equipe. São três possibilidades diretas, de apenas entrar um jogador e manter o esquema, ou duas que mexeriam no sistema de jogo.
Para fazer a mexida menor, basta escolher entre Peglow, Marcos Guilherme e Maurício. Se optar por um time mais ofensivo, a possibilidade é escalar Abel Hernández ou Thiago Galhardo (que se recupera de lesão), recuando Yuri Alberto para uma função de lado. Mais defensiva é a alternativa Lindoso ou Nonato, que reforçaria o meio-campo.
A tendência é que esse mistério só seja desfeito na hora do jogo mesmo. De resto, o time terá a volta de Moisés na lateral esquerda.
— Fizemos um ponto dos seis últimos. Temos que conversar o que precisa ser acertado. Temos um jogo importantíssimo contra o Vasco, que está em situação delicada. Vamos respeitar o momento do adversário e pensar apenas nesse jogo — disse Edenilson.
De fato, o Vasco está na porta do rebaixamento. Atual 17º, o primeiro do Z-4, o time disputa ponto a ponto com o Bahia, que tem o mesmo número de pontos, mas uma vitória a mais. Vem de derrota por 3 a 0 para o Fortaleza.
Nessa situação, Vanderlei Luxemburgo tem muitas dúvidas sobre a equipe que enfrentará o Inter. O lateral-direito Léo Matos está de volta, o que devolve Pikachu ao ataque. Na lateral esquerda, Henrique disputa vaga com Neto Borges, enquanto no meio, o mistério é entre Caio Lopes e Leonardo Gil.
Jogadores, comissão técnica e dirigentes fizeram um pacto para buscar as vitórias necessárias. Acertaram não ter mais folgas até o final do Brasileirão, aumentar o período de concentração e da carga horária de trabalho e levar todos os integrantes da delegação na viagem que falta, para enfrentar o Corinthians — mesmo quem estiver suspenso ou lesionado.