As oito vitórias seguidas do Inter com Abel Braga mostraram para o torcedor um talento que a Copa São Paulo de 2020 revelou: Praxedes. O carioca de 18 anos está no Colorado desde 2018, conquistou o penta da Copinha sobre o Grêmio, e foi um dos protagonistas do elenco profissional que acabou com o jejum em clássicos, no último domingo (24). Entre um Gre-Nal e outro, 364 dias desenvolveram o futebol do meio-campista para que ele estivesse em campo na vitória por 2 a 1 no Beira-Rio, pelo Brasileirão.
— É o melhor sentimento possível. Por ser de fora, fui descobrindo a força da rivalidade com a convivência aqui. Fui para a Copa SP e ganhamos ela em cima do Grêmio. Comemoramos demais, até porque é um dos mais importantes títulos da categoria de base. E agora, um ano depois, no profissional, dentro de casa, conseguir quebrar a invencibilidade — comemorou, em entrevista ao Show dos Esportes desta terça-feira (26).
Perguntado sobre as declarações de Renato e Romildo, que primeiro cogitaram abrir mão dos jogos do Brasileirão e depois voltaram atrás, Praxedes não mostrou preocupação. O meia lembrou que o Colorado tem números que permitem chegar ao título sem a ajuda de nenhum outro time:
— Deixa eles fazerem a parte deles, a gente faz a nossa. O Inter não depende de ninguém para ser campeão.
De Abel Braga e da torcida, sim, o carioca recebe e gosta do apoio. Foi com o técnico que Praxedes recebeu mais oportunidades — junto com Caio Vidal, João Peglow, Yuri Alberto e Maurício. Nem por isso criticou Eduardo Coudet. Agradeceu ao argentino por ter levado o menino para o elenco principal pós-título na base e reconheceu os méritos do trabalho que terminou em novembro. Porém, com "Abelão" a conexão é mais antiga.
— Quando eu estava no Fluminense, ele era o técnico lá, subi para fazer alguns treinos com o profissional. Ele lembrou — revela Praxedes, grato, elogiando:
— É um cara fantástico, chegou e me ajudou muito no dia a dia, me deu muita moral e confiança. O jogador depende disso. Vivo um grande momento e ele faz parte dele.