O Inter tenta ao máximo resistir ao assédio dos árabes pelo volante Edenilson. Contudo, o Al-Ittihad aposta no desejo do jogador em se transferir para o futebol saudita e deve aumentar a proposta nos próximos dias. Caso o meio-campista deixe o Beira-Rio, a direção colorada já definiu que usará todo o valor para reduzir o déficit da temporada e só buscará uma reposição se for sem custos.
Como é praxe no mundo árabe, o Al-Ittihad primeiro procurou o estafe do atleta, oferecendo um salário elevado. Depois, apresentou aos colorados uma proposta de US$ 4 milhões (R$ 22,6 milhões), que foi recusada. O clube gaúcho só aceita conversar a partir de R$ 30 milhões.
Se as cifras subirem, dois fatores pesam para uma venda. Um deles é a vontade do atleta, que, aos 30 anos, vê nesta negociação a última oportunidade de conquistar a sua independência financeira com os petrodólares sauditas. O outro é a delicada situação financeira do Inter. Afinal, se o Al-Ittihad aumentar a proposta, o clube pode reduzir pela metade o déficit de R$ 63 milhões projetado para 2020.
Se a negociação for concretizada, a direção colorada não pretende usar nenhum centavo dos valores na busca por uma reposição. O dinheiro será todo utilizado para pagar dívidas. O clube já definiu que só contratará um novo meio-campista se for sem custos, mediante empréstimo ou troca. A ideia será usar a criatividade.
Caso contrário, os meio-campistas Praxedes, Nonato e Johnny devem disputar a vaga no meio-campo. Porém, enquanto o negócio não estiver fechado, Edenilson seguirá sendo aproveitado pelo técnico Eduardo Coudet.