Depois de eleger o melhor time e o maior goleador do Inter de todos os tempos, o projeto SuperDupla chega à sua terceira fase: escolher qual o treinador mais importante da história do clube. Nos mesmos moldes, oito técnicos que marcaram em suas épocas foram colocados frente a frente em um cruzamento, como se disputassem um torneio. Comentaristas consultados por GaúchaZH irão votar nos vencedores, até apontar um grande nome.
O primeiro confronto da fase semifinal põe frente a frente Abel Braga, campeão da Libertadores e do Mundial em 2006, e Rubens Minelli, bicampeão brasileiro com o Colorado em 1975 e 1976.
Na outra semifinal, Ênio Andrade, campeão brasileiro invicto em 1979, duela contra Cláudio Duarte, tetracampeão gaúcho em 1978, 1981, 1991 e 1994.
Quem passa para a final? Foram ouvidos os comentaristas do Grupo RBS Diogo Olivier e Leonardo Oliveira e o narrador dos canais SporTV Jader Rocha. Confira:
Abel Braga 1x2 Rubens Minelli
Diogo Olivier
Entre o Abel e o Minelli, o trabalho do Abel é inacreditável. Ele consegue ganhar do Barcelona, o time da Libertadores era muito bom, mas o Minelli, em uma época na década de 1970, quando todos os times brasileiros tinham craques, e ele, em 1975 e 1976, conseguiu reproduzir os conceitos do Ajax, algo novo no Brasil. Era um time que tu via e sabia que ia ganhar. Um time incrível, tive o prazer de ver, ainda guri.
Leonardo Oliveira
Abel Braga ganhou o maior título da história do Inter, mas Rubens Minelli foi revolucionário, tirou do Inter a aura de time acadêmico e implantou uma ideia que combinava a qualidade técnica de um Falcão o Carpeggiani com a força de Caçapava ou o vigor de Figueroa, que era um craque na zaga. O Inter de 1975/1976 entrou para a galeria dos grandes times do futebol brasileiro. Isso diz tudo.
Jader Rocha
Abel Braga. Treinador campeão do mundo.
Ênio Andrade 3x0 Cláudio Duarte
Diogo Olivier
É injusto para o Cláudio Duarte, seu Ênio era um baita treinador. É o treinador modelo do Tite. Conseguiu ganhar com os dois times, sempre trabalhou bem com os jogadores da base. Em 1979, era um time ofensivo, mas que se defendia muito bem, tinha a cara do Ênio Andrade. Difícil lembrar de um meio-campo tão bom no futebol brasileiro, Falcão, Batista, Mário Sérgio, Jair. Um time completo e muito técnico.
Leonardo Oliveira
Cláudio Duarte foi, aos 28 anos, campeão gaúcho na transição do campo para a casamata. Teve uma carreira exitosa como técnico. Porém, Ênio Andrade fez do Inter o time que havia sido terceiro no gauchão no único campeão brasileiro invicto. Em 1987, levou um time com garotos e pouco recursos financeiros ao vice da Copa União. Sem contar que sua carreira tem ainda títulos brasileiros com o Grêmio e o Coritiba e uma passagem marcante pelo Cruzeiro.
Jader Rocha
Ênio Andrade. Ser campeão brasileiro invicto é um privilégio só dele.